Economia

Passageiro acima do peso deve pagar mais para viajar, defende especialista

Preço da passagem aérea deveria ser proporcional a quanto a pessoa e sua mala pesam, diz ele

OSLO - Passageiros que estão acima do peso ou que não economizam na hora de fazer as malas deveriam ter de pagar a mais por isso, defendeu o especialista norueguês em aviação Bharat P Bhatta, da Universidade Fjordane, na Noruega, causando polêmica.

— Como peso e espaço são muito mais importantes na aviação do que em outros modais de transporte, as companhias aéreas tinham de levar esses fatores em conta ao precificar seus bilhetes — acredita ele.

Segundo ele, haveria três formas de implementar a ideia. O preço poderia variar de acordo com o peso do passageiro e sua mala. Outra opção seria cobrar uma taxa extra por quem excedesse o peso-limite. Ou, ainda, criar faixas para a cobrança das taxas, algo como pesado, normal e leve.

— Acho que a forma mais simples de materializar isso seria os passageiros declararem o quanto pesam ao comprar a passagem. Isso economizaria tempo e reduziria custos — disse. — Nos aeroportos, as companhias poderiam selecionar aleatoriamente passageiros e, se eles mentissem sobre o peso, pagariam a taxa para gordos e uma penalidade.

Bhatta falou ao “The Journal of Revenue and Pricing Management” (ou Jornal de Gerenciamento de Receita e Preços, em tradução livre), do Reino Unido. O editor da publicação apoiou a opinião controversa:

— Cada quilo extra implica que mais combustível será queimado, o que eleva as emissões de CO2 e os custos financeiros. Talvez eles pudessem introduzir balanças no check-in.

O jornal “Telegraph” lembrou que as companhias aéreas já lançam mão de medidas para combater a epidemia de obesidade, que cresce em todo o mundo e, em especial, nos Estados Unidos. A British Airways da uma extensão a quem não consegue fechar o cinto de isso acontece uma primeira vez. Se a situação se repete, o passageiro tem de pagar por dois assentos. Em 2009, a United Airlines foi alvo de críticas ao obrigar que passageiros obesos, que não conseguem afivelar os contos de segurança, pagassem dois bilhetes para viajar em seus aviões.