O principal índice brasileiro de ações opera em queda nesta segunda-feira (4), com investidores mostrando cautela diante de renovadas preocupações com as perspectivas de recuperação da atividade global, pressionado pelo tombo de Vale e OGX na sessão, em meio ao clima externo de maior aversão ao risco.
Às 15h41 (horário de Brasília), o Ibovespa recuava 1,07%, para 56.274 pontos.
As ações preferenciais da mineradora Vale e as ordinárias da petrolífera OGX eram as principais influências negativas para o índice.
Por volta das 15h40, os papéis ON da OGX Petróleo tinham queda de 4,60%. No mesmo horário, as ações da Vale recuavam em torno de 3%. Notícia de que a China pretende esfriar os preços de seu mercado imobiliário feria o sentimento de investidores, reacendendo temores de desaceleração num dos principais parceiros comerciais do Brasil. A Vale tem o país asiático como seu principal mercado.
Na outra ponta, as ações da LLX subiam 9,69%.
Os mercados também repercutiam dado que mostrou que o setor de serviços chinês se expandiu em fevereiro no menor ritmo em cinco meses. Nesse cenário, as ações do país amargaram fortes perdas nesta segunda-feira.
"Essa deterioração na China acabou repercutindo nas ações globais e pesando por aqui", disse o economista Daniel Cunha, da XP Investimentos em São Paulo. "Temos também Europa gradativamente voltando a elevar as incertezas, principalmente com relação à Itália. O campo macro voltou a ficar um pouco mais turvo."
Na sexta-feira, o Ibovespa fechou em queda de 0,94%, a 56.883 pontos.