Fábio Koetz ainda tem 10 hectares de milho seco para colher na lavoura em Itapejara D'oeste. Para não perder tempo, ele colhe o produto até embaixo de chuva.
O problema é que a pressa dos produtores tem esbarrado nas filas para a descarga nos armazéns.
Em uma das unidades, a saída tem sido transportar todo o milho que entra direto para os secadores maiores, que ficam em outras cidades.
A previsão de receber cerca de 100 mil sacas de grãos durante toda a safra já foi ultrapassada há vários dias.
Além da boa produtividade das lavouras, o que tem provocado o amontoado de grãos nas cooperativas e cerealistas é que este ano a colheita do milho atrasou e veio junto com a da soja. Por isso, tem faltado espaço para a armezenagem.
A tecnologia das novas colheitadeiras tem sido um dos motivos para tantas filas. A colheita está mais rápida e para acompanhar esse processo vai ser preciso ampliar também a capacidade de recebimento.
De acordo com a Conab, a safra de verão no Paraná deve chegar a 22 milhões de toneladas, o que representa alta de 25% em relação ao mesmo período do ano passado.
