Segundo o MST, 680 famílias ocupam o sítio. Elas armaram barracos de madeira e lona sobre a área de 39 hectares, que fica a 20 quilômetros de Brazlândia.
Por medo de represália, a família dona das terras não quis gravar entrevista. Por telefone, a proprietária informou que tem escritura da área e que planta cana-de-açúcar e cria gado leiteiro. Segundo ela, esta é a oitava vez que a região é invadida e o advogado já entrou com pedido de reintegração de posse.
O MST alega que a área em questão é pública e está sendo usada de forma irregular, porque ali só seria permitido o plantio de alimentos.
“Nós sabemos que esta área é do Incra e foi destinada para agricultura. A área está totalmente grilada. Uma parte está sendo usada para plantar capim e em outra parte está se criando gado. É uma área que foi destinada para agricultura e isso não está acontecendo”, afirma uma integrante do movimento que não quis se identificar.
A delegada responsável pelo caso acionou à delegacia de Meio Ambiente do Distrito Federal para saber a quem, de fato, pertence a área reivindicada pelos sem-terra.
O Incra deve enviar técnicos à propriedade para verificar a situação nesta terça-feira (9).