A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou com valorização nesta terça-feira (9), dando continuidade à alta registrada nos dois últimos pregões, sustentada principalmente pelas ações da Vale, que subiram após dados da China e a obtenção de licença ambiental para um projeto.
O Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, fechou em alta de 1,49%, aos 55.912 pontos. Veja a cotação.
As ações preferenciais da Vale subiram 4,2%, a R$ 34,08, enquanto as da Petrobras ganharam 4,25%, a R$ 18,15.
Os papéis ON da LLX lideraram as altas, com valorização de 6,74%. Na outra ponta, os papéis ON da MRV lideraram as baixas, com queda de 3,09%.
A inflação ao consumidor da China desacelerou em março na comparação anual, uma vez que os preços de alimentos voltaram de máximas de nove meses e a deflação de preços ao produtor se aprofundou, mostraram dados nesta terça-feira, deixando espaçopara as autoridades manterem condições monetárias frouxas e nutrir uma recuperação nascente.
A Vale informou na véspera que recebeu licença ambiental que faltava para o Píer IV do terminal marítimo de Ponta da Madeira, no Maranhão, projeto que permitirá a expansão da capacidade de escoamento de minério de ferro da principal mina da companhia, a de Carajás.
Já a Petrobras informou que atingiu um novo recorde de processamento em suas refinarias no domingo, de 2,149 milhões de barris por dia, segundo o diretor de Abastecimento da estatal, José Carlos Cosenza.
O STF retoma nesta quarta-feira o julgamento do caso sobre cobrança de impostos de subsidiárias brasileiras no exterior, que afeta empresas que lucram fora do Brasil por meio de coligadas e controladas.
"Se não der ganho de causa para a Vale, os papéis caem, se der, os papéis explodem", afirmou à Reuters Ariovaldo Santos, gerente de renda variável na H.Commcor, em São Paulo.
Petrobras vê grupo de Eike como pote cial parceiro
A presidente da petrolífera, Maria das Graças Foster, afirmou nesta terça-feira que considera o grupo de Eike Batista como potencial parceiro, por exemplo, para reduzir seus custos a sua necessidade de investimentos em logística. A declaração impactou nas ações da LLX.
Entre as demais companhias do empresário, OGX e MMX não conseguiram manter o comportamento positivo e encerraram em baixa de 1,79% e 2,43%, respectivamente.
Também em baixa ficaram as ações do Pão de Açúcar e da BRF, com perdas de 0,57% e 1,4%.
Acionistas da BRF elegeram nesta terça-feira o empresário Abilio Diniz como presidente do Conselho de Administração, o que levantou questionamentos sobre possíveis conflitos de interesse, uma vez que o empresário também é o presidente do Conselho de Administração do Grupo Pão de Açúcar.