Economia

China espera mais disputas comerciais entre emergentes e quer diversificar importações

País também fez um apelo para que seus parceiros de comércio sejam mais cautelosos ao adotarem medidas comerciais

PEQUIM - A China espera que os conflitos comerciais aumentem, especialmente com as economias emergentes, possivelmente prejudicando as exportações e minando a estabilidade comercial global, e irá estimular as importações provenientes destes países para aliviar a pressão, disse uma autoridade do Ministério do Comércio chinês.

Song Heping, autoridade de investigação comercial, disse que um rápido aumento nas disputas com as economias emergentes apresenta uma ameaça para a segunda maior economia do mundo, que tenta diversificar seus mercados externos para estabilizar o crescimento das exportações.

— Nós precisamos tomar isso como uma tarefa mais longa e árdua para lidar com os crescentes conflitos de comércio global no futuro, especialmente considerando os casos crescentes dos países emergentes —, Heping afirmou em entrevista coletiva nesta segunda-feira.

O Ministério do Comércio havia prometido divulgar novas medidas para impulsionar as importações, em consonância com a meta de longo prazo de Pequim de equilibrar sua estrutura de comércio e buscar mais crescimento sustentável, ao direcionar a economia para o consumo doméstico.

No primeiro trimestre deste ano, a China recebeu 22 pedidos de investigações comerciais provenientes de 12 países, com a quantidade envolvida totalizando US$ 963 milhões, de acordo com dados divulgados no comunicado de Heping.

Em 2012, 21 países abriram um total de 77 pedidos de investigações comerciais contra a China, com a quantidade envolvida somando aproximadamente US$ 27,7 bilhões, acima dos 69 casos e US$ 5,9 bilhões de 2011.

A China também fez um apelo para seus parceiros de comércio serem mais cautelosos em adotar medidas comerciais e para aumentar a comunicação para resolver disputas.

— Estamos dispostos em melhorar as negociações e comunicações com os países relacionados para resolver questões comerciais de um modo construtivo —, disse na mesma entrevista Yao Jian, um porta-voz do Ministério do Comércio.