13/03/2013 06h38 - Atualizado em 13/03/2013 06h55

Em SP, usinas antecipam a colheita da cana-de-açúcar

Em geral, a moagem começa no fim de março ou no início de abril.
Este ano, o tempo ajudou e a produção deve ser maior.

Do Globo Rural

A usina Batatais, no nordeste de São Paulo, antecipou o começo da moagem da cana em 22 dias. Com isso, a safra deste ano deve ser mais longa, 274 dias. O clima ajudou e no campo, a cana está pronta para a colheita.

Os diretores da usina acreditam conseguir preços melhores oferecendo etanol ao mercado ainda na entressafra. A partir de primeiro de maio, a mistura do álcool na gasolina passa de 20% para 25%.

Nas contas da UNICA, a União da Indústria Canavieira, isto deve gerar uma demanda de mais dois bilhões de litros de etanol para o mercado interno, quase 10% da produção brasileira do ano passado, que foi de 21 bilhões de litros.

A usina em Batatais pretende moer neste ano 10% a mais do que moeu no ano passado. A expectativa é que a procura maior pela cana garanta, nesta safra, preços bons para o agricultor.

Marcelo Ravagnani tem 500 hectares em uma área vizinha à usina. Ele recebe R$ 60 por tonelada e acredita que, com a  ajuda do clima, ganhe mais este ano do que na safra passada.

A área plantada também cresceu. O Brasil tem hoje 8,5 milhões de hectares de canaviais e as usinas devem consumir tudo o que o campo produz. “A carência de cana é tanto para o etanol quanto para o açúcar. O mercado espera mais produção dos dois”, diz Sérgio Prado, representante da UNICA.

Esta deve ser a última safra da cana-de-açúcar com queimadas em áreas planas no estado de São Paulo. A partir de 2014, o emprego do fogo que antecede a colheita manual só será permitido em áreas de difícil acesso, onde a máquina não chega.

Em vez de desemprego, a mecanização trouxe contratações. O número de funcionários da usina cresceu 7% em relação ao ano passado.

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