27/03/2013 07h37 - Atualizado em 27/03/2013 07h40

Doença na lavoura preocupa produtores de batata de MG

Qualidade e produtividade da safra foram comprometidas.
Nem mesmo o bom preço pago pela saca anima o trabalho na lavoura.

Do Globo Rural

O município de Senador Amaral, na região sul de Minas Gerais, tem 280 produtores de batata e a área plantada este ano é menor que a do ano passado. São cerca de 420 hectares.

O presidente da Associação dos Bataticultores diz que como o ano passado o preço pago estava baixo, muita gente plantou menos.

Mas a safra menor este ano não é reflexo apenas da redução na área plantada, uma doença está tirando o sono dos agricultores, a chamada murchadeira. Ela é provocada por uma bactéria, que entra pela raiz e vai colonizando o sistema condutor da planta, impedindo que a água e nutrientes sejam distribuídos. A planta murcha e morre em pouco tempo.

Herculano Baião é produtor há 40 anos e esperava colher 12 mil sacas de batata, mas deve perder de 10 a 20% por causa da doença.

A bactéria da murchadeira fica no solo por um longo período e a única forma de amenizar o ataque é fazendo a rotatividade de culturas.

Em uma área de três hectares, por exemplo, onde foi plantado o milho, só agora depois de quatro anos é que o produtor vai poder voltar a plantar batatas.

Outra dificuldade que os produtores têm enfrentado no município é encontrar terra para fazer a rotatividade de cultura e minimizar o impacto da doença.

O que tem ajudado o produtor é a lucratividade da batata, o preço pago aos produtores pela saca é mais que o dobro do ano passado. José Daniel Rodrigues Ribeiro, secretário-executivo da Associação dos Bataticultores de Minas Gerais, a Abasmig, fala sobre o mercado e a expectativa para o próximo plantio. Confira a entrevista no vídeo com a reportagem completa.

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