27/11/2012 12h04 - Atualizado em 27/11/2012 12h04

Médico fala sobre o câncer no dia nacional de combate a doença

Ele explica que doença pode ser considerada um acidente de percurso.
Estilo de vida é muito importante na prevenção da doença.

Do G1 Santos

O Dia Nacional de Combate ao Câncer é lembrado nesta terça-feira (27). A doença é cada vez mais frequente e o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) estima que em 2012 serão registrados 520 mil novos casos da doença. Segundo um levantamento do instituto, entre os homens, o câncer de próstata é o mais comum, seguido pelo de pulmão, cólon e reto, estômago, cavidade oral, laringe e bexiga. Já entre as mulheres, o câncer de pele não melanoma, mama, colo do útero, cólon reto, são os mais comuns.

O médico oncologista de Santos André Perdicaris explica que a doença pode ser considerada um acidente de percurso. "Acontece uma alteração genética básica na família ao longo da evolução ou então por transformações que podem ocorrer ao longo da vida da pessoa. Em 80% dos casos, o câncer do adulto está relacionado com hábitos inadequados, estilo de vida inadequado e principalmente não preservação do meio ambiente. Com isso nós temos uma modificação genética que produz uma aceleração e um descontrole na divisão celular. E com isso vai afetando todo o organismo e por consequência, se não for combatido a tempo, pode resultar em morte", diz.

Perdicaris lembra que o estilo de vida é muito importante na prevenção da doença. "Quando ela fuma, se alimenta de forma inadequada, não faz exercícios, se expõe ao sol, uma série de atitudes ao longo da vida que vão sobrecarregando o organismo, principalmente o sistema imunológico. Com isso, vão tendo alterações e algumas são reconhecidas. Entretanto, algumas passam despercebidas pelo nosso organismo e se nós não estivermos atentos e bem informados a respeito das transformações que nós temos ao longo da nossa vida, nós caímos em uma armadilha que pode resultar em um tumor", afirma.

Ele conta também que o homem ainda tem preconceito com o exame que detecta o câncer de próstata. "A palavra chave no combate ao câncer é o diagnóstico precoce, a capacidade que nós temos de detectá-lo antes dele dar sintoma pois no início ele é assintomático. Isso é um problema educacional. A maior vacina que nós temos contra o câncer seria a informação", finaliza.

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