14/03/2013 17h48 - Atualizado em 14/03/2013 18h06

Missão que analisa Expo 2020 diz conhecer trânsito e violência de SP

Secretário do BIE afirma que problemas de trânsito foram explicados.
Indicadores de violência vêm diminuindo, disse presidente de missão.

Roney DomingosDo G1 São Paulo

O secretário municipal de relações internacionais de São Paulo, Leonardo Barchini,  a vice-prefeita Nádia Campeão, o presidente da missão de inspeção da Expo 2020, Steen Christensen e O secretário-geral do Bureau Internacional de Exposições (BIE), Vicente (Foto: Roney Domingos/G1)Integrantes de comissão se reúnem com a
vice-prefeita Nádia Campeão
(Foto: Roney Domingos/G1)

Responsáveis pelo relatório que vai determinar se São Paulo deverá ou não continuar na disputa como sede da Exposição Mundial de 2020, o secretário-geral do Bureau Internacional de Exposições (BIE), Vicente Loscertales, e o presidente da missão de inspeção da Expo 2020, Steen Christensen, evitaram nesta quinta-feira (14), quarto é ultimo dia da visita, fazer avaliações diretas sobre a cidade, mas afirmam que tomaram conhecimento na prática de problemas como trânsito e tiveram acesso aos números da violência.

São Paulo é candidata a sede da Expo 2020 com o lema “Força da Diversidade, Harmonia para o Crescimento”. Nestes quatro dias, a cidade apresentou à missão seu potencial para receber a exposição. Os integrantes da comitiva sobrevoaram o espaço em Pirituba, onde a Prefeitura pretende construir um pavilhão de exposições e tomaram conhecimento, durante 13 sessões sobre 19 temas, a respeito de todos os dados da metrópole. Também viram projetos de infraestrutura, transporte e habitação propostos para a área. 

"É claro que vimos o trânsito de São Paulo. Nos explicaram bem claramente e honestamente quais os problemas. Temos uma visão positiva", afirmou Loscertales.

Christensen afirmou que a questão da segurança foi analisada em uma das sessões. "Os indicadores de violência vêm diminuindo. Essa questão, junto com as outras é parte do que vamos incluir no relatório", afirmou.

"Não deixamos de abordar nenhum dos problemas que a cidade tem. Não iríamos de forma nenhuma subestimar ou maquiar os problemas", disse a vice-prefeita, Nádia Campeão. "Os questionamentos foram sempre muito rigorosos e os questionamentos nos ajudam bastante. Nos qualificamos mais para enfrentar a próxima fase, que é a apresentação em junho e a decisão final, em novembro. Saindo daqui temos de nos preparar melhor. Preparar uma ação diplomática importante que é por onde corre a candidatura. Estamos muito satisfeitos com o resultado da visita", afirmou a vice-prefeita.

Questionado sobre do que mais gostou e menos gostou em São Paulo, Christensen afirmou: "Esta é a primeira vez que venho ao Brasil. Vi muito dessa sala de reuniões nos últimos dias", ironizou, para ressaltar que a realização de reuniões e análises tomou boa parte do tempo. "Fomos muito bem recebidos. São Paulo é urbana e dinâmica. Estou muito feliz com o clima. Venho de um frio rigoroso na Europa", afirmou.

São Paulo busca mostrar à delegação que o projeto integra os três níveis de governo. O governador Geraldo Alckmin (PSDB), a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tiveram encontros com os integrantes do BIE para reforçar a candidatura. Loscertales afirmou que o fato de o Brasil estar organizando a Copa do Mundo é um sinal positivo.

Concorrem com a capital paulista as cidades de Ayutthaya (Tailândia), Dubai (Emirados Árabes Unidos), Ecaterimburgo (Rússia) e Izmir (Turquia). 

Christensen explicou que cabe à delegação conhecer e analisar  a fundo o projeto paulistano e redigir o relatório que será apresentado em junho ao BIE. Se for selecionado, o Brasil terá de defender o projeto na Assembleia Geral, em novembro. Ele não quis antecipar qualquer resultado. "Vocês vão ter de esperar", afirmou, em tom amistoso.

Loscertales afirmou que o objetivo da visita foi entender o significado para São Paulo e para o Brasil de sediar uma Expo, saber se é algo isolado ou integrado com outras políticas públicas, se é parte apenas de interesses políticos ou se contempla a vida dos cidadãos comuns e també se a Expo vai ajudar a melhorar a imagem do Brasil como integrante da comunidade internacional.  "Todas essas respostas estarão em nosso relatório. A Expo não é apenas um evento, é mais do que isso", afirmou.

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