15/03/2013 09h08 - Atualizado em 15/03/2013 09h29

Emprego na indústria não varia em janeiro, mostra IBGE

Já em relação a janeiro de 2012, queda foi de 1,1%, 16º resultado negativo.
Principal destaque negativo partiu da região Nordeste.

Do G1, em São Paulo

O emprego na indústria brasileira não registrou variação em janeiro de 2013 em relação ao mês anterior, que havia mostrado queda de 0,3%, segundo a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta-feira (15). Já em relação a janeiro de 2012, o emprego industrial caiu 1,1%, o 16º resultado negativo seguido nesse tipo de comparação. Nos últimos 12 meses, o indicador mostrou recuo de 1,4%.

Na análise anual, houve queda em 10 dos 14 locais pesquisados, com destaque negativo partindo da região Nordeste (-4,8%), pressionada por sua vez pelas taxas negativas em 14 dos 18 setores investigados.

Na sequência, entre as quedas, estão as indústrias de São Paulo (-1,0%), Rio Grande do Sul (-3,1%), Pernambuco (-9,0%) e Bahia (-4,2%). Teve alta o índice das indústrias do Paraná (2,1%), a mais relevante sobre o emprego industrial, com destaque para os setores de alimentos e bebidas (4,0%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (10,3%), têxtil (15,6%) e produtos químicos (8,2%).

De acordo com o IBGE, o pessoal ocupado assalariado recuou em 12 dos 18 ramos pesquisados. As principais influências negativas partiram de vestuário (-7,2%), têxtil (-5,1%), outros produtos da indústria de transformação (-4,2%), calçados e couro (-3,4%), meios de transporte (-2,0%) e madeira (-5,6%). Na contramão, os impactos positivos vieram dos setores de alimentos e bebidas (1,6%) e de borracha e plástico (2,7%).

Em janeiro de 2013, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, já descontadas as influências sazonais, caiu 0,3% frente a dezembro de 2013, terceira taxa negativa seguida nesse tipo de confronto, período em que acumulou perda de 0,7%. Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral, ao apontar variação negativa de 0,2% na passagem dos trimestres encerrados em dezembro e janeiro, interrompeu a sequência de três resultados positivos: outubro (0,1%), novembro (0,1%) e dezembro (0,2%).

Horas pagas
O número de horas pagas mostrou recuou de 1,4% em relação a janeiro de 2012, a 17ª taxa negativa seguida nesse tipo de comparação. As taxas foram negativas em 11 dos 14 locais pesquisados e em 12 dos 18 ramos pesquisados. Em termos setoriais, as principais influências negativas vieram de vestuário (-7,8%), calçados e couro (-5,9%), outros produtos da indústria de transformação (-5,3%) e máquinas e equipamentos (-2,9%), entre outros. Alimentos e bebidas (1,6%) mostraram alta.

A região Nordeste (-4,0%) exerceu a principal influência negativa, pressionada pelos setores de alimentos e bebidas (-5,9%), vestuário (-4,4%), entre outros. Já o Paraná, com alta de 1,7%, exerceu a principal contribuição positiva no número de horas pagas, puxada pela pelos setores de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (15,6%) e alimentos e bebidas (4,0%).

Salários
O valor da folha de pagamento dos trabalhadores da indústria caiu 5,0% sobre dezembro, segunda taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação. Os setores extrativo e a indústria de transformação registraram o segundo mês seguido de recuos.

Já na comparação anual, o valor da folha de pagamento real cresceu 0,9%, 37º resultado positivo consecutivo nesse tipo de confronto. Foi registrada alta em 11 dos 14 locais investigados, com destaque para Rio de Janeiro (7,3%), Rio Grande do Sul (4,6%), região Norte e Centro-Oeste (4,2%), região Nordeste (1,7%) e Santa Catarina (1,1%).

Por setor, o valor da folha de pagamento real cresceu em dez dos 18 setores investigados, com a principal influência partindo de alimentos e bebidas (4,9%), produtos químicos (6,1%), borracha e plástico (7,0%), indústrias extrativas (5,9%), máquinas e equipamentos (1,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (2,7%) e minerais não-metálicos (2,3%). Os principais impactos negativos foram observados em meios de transporte (-3,5%), metalurgia básica (-8,5%) e vestuário (-7,1%).

 

 

 

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