06/03/2013 06h30 - Atualizado em 06/03/2013 06h30

Sapateiros de Franca, SP, querem acionar TRT para obter benefícios

Após aumento salarial de 9%, sindicato quer aumento em PLR.
Funcionários das fábricas voltaram ao trabalho nesta terça-feira (5).

Rodolfo TiengoDo G1 Ribeirão e Franca

Após reunião nesta terça-feira (5), o Sindicato dos Sapateiros de Franca (SP) confirmou que enviará ao Tribunal Regional do Trabalho em Campinas (SP) um pedido para que o órgão  interceda pela obtenção de benefícios não conquistados durante a paralisação dos trabalhadores na última semana. O dissídio coletivo deve ser encaminhado ao TRT nos próximos dias, segundo o presidente do sindicato, Fábio Cândido.

Além de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) baseada em 110 horas trabalhadas e de cesta básica, itens recusados pelo sindicato patronal durante as negociações que resultaram em um reajuste salarial de 9%, os sapateiros pedem a bonificação de aproximadamente 40 horas, durante as quais eles ficaram em greve.

“Ficou decidido que vamos elaborar uma convenção parcial. O que não entrar será constado no dissídio coletivo”, afirmou Cândido, pouco depois de se reunir com membros do sindicato. A previsão é de que uma resposta seja obtida dentro de duas semanas, segundo ele.

O PLR, um dos focos do dissídio, gerou impasse durante as negociações entre trabalhadores e donos de fábricas, mas não evitou que as classes chegassem a um acordo sobre o reajuste de 9% nos salários.

O aumento será dividido em duas vezes. O piso que atualmente é de R$ 751,50 por uma carga horária de 44 horas semanais passará a ser imediatamente reajustado em 8,5% saltando para R$ 815,37. A incorporação do reajuste de 0,5% restante virá na folha de junho, quando o piso passará a ser definitivamente de R$ 819,14.

A greve
A categoria entrou em greve no final de fevereiro para exigir reajuste salarial de 10% e aumento na PLR baseada em 150 horas trabalhadas. Na primeira semana de protestos, segundo o sindicato, houve adesão de seis mil funcionários e a paralisação de 12 fábricas. O polo calçadista de Franca, um dos principais do país, possui atualmente 31 mil sapateiros.

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