A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), que mede a variação de preços para famílias com renda de até 2,5 salários mínimos (R$ 1.695), desacelerou em fevereiro, com alta de 0,17%, informou nesta quinta-feira (7) a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em janeiro, o índice havia subido para 0,98%, ante 0,76% em dezembro.
Com o resultado de fevereiro, o IPC-C1 acumula alta de 6,94% em 12 meses.
Assim como em janeiro, a inflação para as famílias de baixa renda ficou abaixo da média, segundo a FGV. Em fevereiro, o IPC-BR (das famílias com renda de um a 33 salários) registrou variação de 0,33%. Mas no acumulado em 12 meses, contudo, o IPC-C1 continuou acima da média geral, de 6,04%.
Cinco das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram recuo nas taxas de variação: habitação (-0,49% para -1,86%), alimentação (2,48% para 1,50%), despesas diversas (4,98% para 0,89%), educação, leitura e recreação (2,31% para 0,64%) e vestuário (0,10% para -0,41%).
Os destaques desses grupos partiram, respectivamente, dos itens de tarifa de eletricidade residencial (-5,24% para -14,08%), que foi a maior influência negativa, hortaliças e legumes (21,29% para 10,44%), cigarros (9,79% para 1,27%), cursos formais (8,91% para 0,01%) e calçados (0,69% para -0,38%), destaca a FGV.
Apresentaram acréscimo nas taxas os grupos saúde e cuidados pessoais (0,19% para 0,50%), transportes (0,42% para 0,72%) e comunicação (0,03% para 0,44%). As principais influências partiram, respectivamente, dos itens artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,30% para 0,94%), gasolina (-0,06% para 5,10%) e tarifa de telefone residencial (0% para 0,84%).