Política

Maluf defende consulta popular sobre criminalização da homofobia

Barrado na Lei da Ficha Limpa, candidato justificou sua posição contra a intolerância afirmando ter origem libanesa

Maluf defendeu criminalização da homofobia
Foto: Marcos Alves / O Globo (03/09/2014)
Maluf defendeu criminalização da homofobia Foto: Marcos Alves / O Globo (03/09/2014)

SÃO PAULO — O candidato à reeleição a deputado federal Paulo Maluf declarou nesta terça-feira, durante carreata na zona oeste da capital, ser a favor de uma consulta popular sobre criminalização da homofobia no Brasil. Apesar de considerado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em razão da Lei da Ficha Limpa, ele continua fazendo campanha.

— O Brasil é um país sem preconceito. Aqui é um país de iguais, sem absolutamente nenhum tipo de preconceito racial, religioso e de opção sexual. Toda lei deve ser o espelho da sociedade, senão não pega. Sou à favor de um plebiscito — defendeu Maluf.

Ele usou da Lei da Ficha Limpa, de sua origem cristã libanesa e de suas opções políticas para explicar sua posição em relação à tolerância irrestrita.

— A Lei da Ficha Limpa veio de uma manifestação popular e pegou. Meu pai chegou do Líbano em 1910 ainda garoto e construiu família sem nenhum problema. E quando fui prefeito não tive nenhum problema em apoiar um carioca e negro para prefeito (Celso Pitta), e a população mostrou que não teve preconceito ao elegê-lo. Se ele foi bom ou mau é um outro julgamento — declarou.

O deputado, que recorreu da decisão que impugnou sua candidatura, ainda espera o resultado do recurso.