Com as chuvas dos últimos dias, houve perdas e alguns produtores deixaram de plantar. Isso diminui a oferta e ajuda a melhorar os preços, mas com a chegada das estações mais frias, os produtores não ganham muito fôlego.
José Cláudio Vieira colhe alface quase todos os dias no sítio que tem no município de Piedade, a 100 quilômetros da capital paulista. De lá saem 200 caixas da verdura por semana. O excesso de chuva em janeiro e fevereiro gerou perdas. Agora o problema é o preço, por causa do aumento da oferta. A caixa com 24 pés, que chegou a ser vendida por R$ 25, está saindo por apenas R$ 3. A produção é vendida para atravessadores e o produtor diz que com esse preço mal dá para cobrir os custos.
Vagner Pedroso, que também planta alface em Piedade, vende a verdura a valores um pouco melhores. A alface crespa sai a R$ 5 e a americana a R$ 7. Na roça dele, também são produzidas alfaces das variedades romana e roxa. O que tem salvado o orçamento, já que a caixa dos dois tipos é vendida a R$ 9 e R$ 10, respectivamente.
O engenheiro agrônomo Bruno Matsuo explica que nos meses mais frios o consumo é baixo. “A temperatura vai baixar, o que vai favorecer o plantio de alface em outras regiões. A oferta vai aumentar e a tendência é o preço baixar”.