07/04/2013 08h30 - Atualizado em 07/04/2013 08h30

Hidrovia Tietê-Paraná deve escoar três milhões de toneladas de grãos

Previsão para este ano é de aumento de 15% em relação a 2012.
Hidrovia tem uma extensão de 760 quilômetros.

Do Globo Rural

O Brasil tem 29 mil quilômetros de hidrovias em funcionamento. A hidrovia Tietê-Paraná, muito importante para o transporte da safra de grãos, parte do sul de Goiás e vai até o centro do estado de São Paulo. No total, desde o ponto inicial em São Simão, em Goiás, até o terminal de Anhembi, em São Paulo, a hidrovia tem uma extensão de 760 quilômetros. A previsão este ano é de a hidrovia escoar três milhões de toneladas de grãos, com aumento de 15% em relação a 2012.

O ponto inicial da hidrovia é o porto localizado às margens do Rio Paranaíba, no município de São Simão, no sul de Goiás, na divisa com o estado de Minas Gerais. Chegam ao lugar caminhões que levam milho e soja de várias regiões do Centro-Oeste.

O caminhoneiro Ricardo Rocha, que transportou uma carga de soja de Água Boa, em Mato Grosso, levou dez horas para chegar ao porto. “O trajeto é meio longo por causa das estradas. Muitos buracos nas estradas dificultam um pouco fazer o transporte”, diz.

Os caminhões despejam a soja nos silos, que é transferida para as barcaças. Todos os dias, quatro barcaças carregadas em um dos terminais. Cada barcaça carrega 1,5 mil toneladas de soja, o que o corresponde à carga de 40 caminhões. As barcaças são tocadas pelos empurradores, que são barcos com força para levar quatro barcaças cada. A viagem até os terminais de desembarque no estado de são Paulo demora uma média de cinco dias.

De São Simão, as barcaças descem pelo Rio Paranaíba até passar por Santa Fé do Sul, no estado de São Paulo, onde acontece o encontro das águas do Paranaíba com o Rio Grande, formando o Paraná. Os comboios descem por um trecho do Rio Paraná até Ilha Solteira.

Na altura de Ilha Solteira as barcaças entram no Rio Tietê, no estado de São Paulo. Os comboios passam por seis eclusas que funcionam como elevadores que fazem com que as barcaças subam do nível inferior do rio, abaixo das represas, para o nível superior.

O terminal de Pederneiras é a primeira parada dos comboios. A maior parte dos carregamentos vai para o Porto de Santos por ferrovia. Depois de Pederneiras, a hidrovia continua por mais um trecho de 120 quilômetros até o terminal de Anhembi, que é atualmente o final do trecho navegável do Tietê para as grandes embarcações.

A hidrovia gasta quatro litros de diesel por quilômetro para transportar mil toneladas de soja. O gasto na ferrovia é de seis litros e na  rodovia de 15.

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