21/01/2013 13h02 - Atualizado em 21/01/2013 13h03

BNDESPAR investe R$ 600 milhões em etanol de segunda geração

Banco vai subscrever R$ 600 milhões em ações ordinárias da GraalBio
Aporte resultará na participação de 15% no capital total da empresa.

Do G1, no Rio

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai subscrever R$ 600 milhões em ações ordinárias da GraalBio por meio de sua empresa de participações, a BNDESPAR, informou o banco nesta segunda-feira (21). O aporte de recursos será efetuado de maneira gradual, conforme a execução do plano de negócios, e em conjunto com o acionista controlador, explicou o banco, ressaltado que a iniciativa visa  a apoiar o desenvolvimento, no Brasil, de etanol de segunda geração (obtido a partir do bagaço de cana) e da química verde.

Segundo o BNDES, o aporte resultará numa participação de 15% no capital total da empresa e no direito de indicar um membro do Conselho de Administração. Os investimentos totais previstos pela empresa nos próximos seis anos são de R$ 4 bilhões.

Além da implantação de unidades de produção de etanol celulósico e de bioquímicos, os recursos serão aplicados ainda em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologias para aproveitamento de biomassa de cana-de-açúcar e melhoramento genético da cana.

Segundo o banco, os projetos da GraalBio  têm méritos, que levaram a BNDESPAR a ingressar como acionista. A empresa será uma plataforma de inovação permanente, identificando e gerando tecnologias de  ponta no aproveitamento da biomassa da cana, potencializando a vantagem competitiva natural que o país tem no setor, explica o BNDES.

Além de parceiros internacionais, a empresa tem convênio com o centro de pesquisas Techno Park, em Campinas, e uma estação experimental para melhoramento genético de cana-de-açúcar em Alagoas. A GraalBio está construindo, também em Alagoas, a primeira planta de etanol celulósico do Hemisfério Sul, com início das operações programado para o começo de 2014, diz o banco.

O BNDES explica que o desenvolvimento de biocombustíveis celulósicos é objeto de uma corrida tecnológica mundial, e deve aumentar a oferta de uma alternativa sustentável para os combustíveis fósseis. Dessa forma, pode aumentar em até 45% a produtividade de etanol por área plantada de cana-de-açúcar, com menos emissão de gases causadores do efeito estufa.

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