Economia

CVM questiona OGX e MPX sobre uso de jato por filho de Eike

Empresas esclarecem que utilização foi paga e dilui custos de operação e manutenção da aeronave

RIO - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) requisitou à OGX Petróleo e à MPX Energia, companhias do empresário Eike Batista, esclarecimentos sobre a notícia de que um dos seus filhos usou jatinho (propriedade compartilhada da OGX e da MPX) em viagens pelo Brasil para trabalhar como DJ.

Em comunicado publicado nesta quinta-feira, as empresas responderam que "todos os voos realizados pelo sr. Olin Batista foram devidamente faturados e pagos, de modo a não gerar custos de qualquer natureza à proprietária da aeronave, ou às suas sócias OGX e MPX".

Ainda segundo comunicado das empresas, o jato em questão pertence à OGMP Transporte Aéreo, uma associação de OGX e MPX. Apesar de a OGMP ter sido criada para comprar a aeronave para ser utilizada em viagens de executivos a diversos locais do Brasil, acordo firmado em 2011 prevê que o jato Phenom 300 seja contratado para uso por terceiros.

De acordo com as companhias, a utilização por pessoas que não sejam da OGX ou da MPX é um "benefício", porque "dilui os custos de operação e manutenção da aeronave". Da mesma maneira, argumentam que receita superior aos custos da operação "será revertida em benefício da proprietária da aeronave".