25/03/2013 10h32 - Atualizado em 25/03/2013 10h36

Ações europeias operam em alta após acordo de última hora no Chipre

País fechou acordo de resgate para evitar colapso em sistema bancário.
Ações asiáticas subira, também impulsionadas pelo Chipre.

Do G1, em São Paulo

As ações europeias operavam em alta nesta segunda-feira (25), com um dos principais índices regionais recuperando a maioria das perdas da semana passada, depois que o Chipre assegurou um acordo de resgate para evitar um colapso em seu sistema bancário.

O Chipre fechou um acordo de resgate de última hora com credores internacionais nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira, sem o qual a ilha do mediterrâneo teria enfrentado o colapso financeiro e potencialmente seria retirada da zona do euro.

Perto das 10h20 (horário de Brasília), o índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 avançava 0,61%, a 1.196pontos.

Para o especialista em investimentos de distribuição e estratégia no BNP Paribas Investment Partners, Joost van Leenders, o acordo do Chipre confirma que as autoridades europeias querem salvar o euro, embora o tamanho limitado das perdas no mercado da semana passada sugerem que isso era esperado, diz a agência Reuters.

Bolsas europeias
Perto das 10h20, em Londres, o índice Financial Times tinha alta de 0,70%, a 6.437 pontos.  Em Frankfurt, o índice DAX subia 0,68%, para 7.964 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 tinha valorização de 0,70%, para 3.796 pontos. Em Milão, contudo, o índice Ftse/Mib recuava 1,14%, para 15.862 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 subia 0,30%, para 8.354 pontos. Em Lisboa, o índice PSI20 recuava 0,22%, a 6.082 pontos.

Bolsas asiáticas
As ações asiáticas subiram nesta segunda-feira, também impulsionadas pelo acordo no Chipre.

Às 7h35, o índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão avançava 1,02%, afastando-se da mínima de três meses atingida no começo da semana passada. As ações australianas subiram 0,46% com as notícias do Chipre, assim como com o suporte de caçadores de barganhas após a queda da semana passada e a recuperação dos preços do minério de ferro.

As ações sul coreanas tiveram desempenho superior ao de seus pares e ganharam 1,49%, depois de terem encerrado a semana passada na mínima em cinco meses, enquanto as ações de Hong Kong ganharam 0,61%. O índice Nikkei do Japão encerrou em alta de 1,69%, aproximando-se da máxima em quatro anos e meio. A bolsa de Taiwan subiu 0,77% e Cingapura ganhou 0,27%.

Euro
O euro subia ante o dólar e frente ao iene nesta segunda-feira, mas operava longe das máximas do dia, em meio à falta de entusiasmo de investidores com o acordo de última hora do Chipre com a troica (grupo que reúne representantes da União Europeia, do Fundo Monetário Internacional e do Banco Central Europeu).

Na avaliação de analistas, o que mais incomoda o mercado é o modo como os líderes da região têm lidado com a crise na pequena ilha do Mediterrâneo, que, mesmo respondendo por apenas 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do bloco monetário, foi suficiente para abalar a já frágil confiança dos agentes na zona do euro.

A polêmica proposta de taxar depósitos bancários no Chipre - abandonada posteriormente - abriu um precedente que gerou temores de que medidas semelhantes possam ser cogitadas em economias maiores e com sistema bancário problemático, como a Espanha.

Nesta manhã, o euro subia 0,07%, a US$ 1,3001, após ser cotado a US$ 1,3048 na máxima do dia, maior valor em uma semana. A moeda comum avançava 0,35% ante o iene, para 123,19 ienes, depois de alcançar 123,86 ienes.

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