25/03/2013 07h35 - Atualizado em 25/03/2013 07h39

Na BA, Barragem de Mirorós opera com apenas 6% da capacidade

Está cada vez mais difícil a situação de agricultores e criadores.
Muitos dependem da água da barragem para garantir renda para a família.


Do Globo Rural

O leite de cabra é a principal fonte de renda para a família de Mário Machado, em Irecê, no centro-norte da Bahia. O rebanho agora está sendo alimentado apenas com palma, que ele mesmo cultiva.

Com a seca, a plantação não deve durar muito tempo e o criador está preocupado.

O período de chuvas que começa em novembro e vai até o fim de março não trouxe o alívio esperado pelos produtores. Só choveu duas vezes: uma em novembro do ano passado e outra no início de janeiro.

A Barragem de Mirorós, que abastece a região, está quase seca. Dos 158 milhões de metros cúbicos de água que já encheram o vale, restaram apenas 10 milhões.

A água que chegava farta aos produtores rurais que têm propriedade no entorno da barragem foi cortada. Os 14 municípios abastecidas pela água de Mirorós talvez precisem de racionamento.

A chuva também não foi suficiente para os produtores de milho. No ano passado, eles não venderam quase nenhuma espiga e a produção só não foi toda perdida porque a palha está sendo vendida para alimentar os animais.

Com a chuva de janeiro, eles voltaram a plantar. O milho agora está verde, mas a plantação precisa de mais chuva para produzir e não se transformar em outro prejuízo.

Edvaldo Machado conta que perdeu as esperanças e neste ano, ele já não espera vender nada, além da palha.

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