21/06/2013 18h15 - Atualizado em 21/06/2013 23h30

Manifestantes fazem corrente humana no litoral para evitar vândalos

Cerca de 500 pessoas estavam no protesto de São Vicente, SP.
Em Peruíbe, manifestação saiu da ferrovia municipal.

Ivair Vieira JrDo G1 Santos

Manifestantes fazem corrente humana no litoral para evitar vândalos (Foto: Ivair Vieira Jr/G1)Corrente humana evita vândalos durante manifestação pacífica (Foto: Ivair Vieira Jr/G1)

No oitavo dia de protestos na Baixada Santista, no litoral de São Paulo, centenas de pessoas se reuniram no fim da tarde desta sexta-feira (21) em São Vicente e Peruíbe para continuar o movimento que acontece em várias partes do Brasil. No Vale do Ribeira, as manifestações ocorreram em Iguape e Miracatu.

Em São Vicente, cerca de 500 manifestantes partiram da Praça Tom Jobim, no bairro Biquinha, e seguiram até a Estação Elevatória de Esgoto Thomé de Sousa, localizada na Praia do Gonzaguinha. Por volta das 19h10, metade do grupo foi em direção à Avenida Presidente Wilson, que teve as duas pistas bloqueadas. Por volta das 19h30, a pista sentido Praia/Centro foi liberada e depois de cinco minutos a outra também foi desbloqueada. Um grupo da Força Tática da Polícia Militar foi para o local com o objetivo de evitar atos de vandalismo. Houve um princípio de confusão, com pessoas correndo, mas a situação foi rapidamente controlada pela PM, sem a necessidade de uso de força.

Força Tática acompanha a manifestação em São Vicente, SP (Foto: Ivair Vieira Jr/G1)Força Tática acompanha a manifestação em
São Vicente (Foto: Ivair Vieira Jr/G1)

Os 300 manifestantes que ainda estavam pelas ruas de São Vicente, por volta das 19h40, bloquearam pela segunda vez a Avenida Presidente Wilson, em ambos os sentidos. O protesto seguiu até a Praia do Itararé e continuou pela Avenida Ayrton Senna da Silva, até a divisa com Santos. O helicóptero Águia, da Polícia Militar, também acompanhou a manifestação.

Às 20h40, o protesto bloqueava os dois sentidos da avenida da praia, impedindo a passagem de carros que seguiam para Santos e os que chegavam a São Vicente. Por volta das 20h50, a pista São Vicente/Santos foi liberada pelos manifestantes, que se concentraram na pista sentido Santos/São Vicente. A passeata terminou às 21h30, no cruzamento das avenidas Ayrton Senna e Presidente Wilson.

No litoral sul, centenas de moradores de Peruíbe se reuniram para protestar na cidade. Eles saíram da ferrovia e seguiram até a Câmara Municipal.

Dezenas de pessos participam de protesto em Iguape, SP (Foto: Dione Aguiar/TV Tribuna)Dezenas de pessos participam de protesto em
Iguape (Foto: Dione Aguiar/TV Tribuna)

Valedo Ribeira
Os moradores de Iguape, no litoral de São Paulo, protestaram contra o arquivamento de denúncias por parte da prefeitura. A concentração foi na Praça São Benedito e a caminhada seguiu até o Fórum da cidade.

Já em Miracatu, os manifestantes saíram em passeata em direção à prefeitura. Os manifestantes cobram melhoria na saúde e redução de R$ 1 da tarifa que custa R$ 2,50, valor que, segundo os manifestantes, era cobrado há quatro meses.

Protestos na região
Os protestos na Baixada Santista começaram no dia 13 de junho. Em Santos, os manifestantes fecharam as ruas do centro contra o aumento das tarifas de ônibus. Os túneis ficaram fechados para a passagem dos jovens. No dia seguinte, os manifestantes deitaram no chão durante o protesto na Praça da Independência. No sábado (15), terceiro dia de protestos no município, as pesssoas se reuniram na avenida praia em Santos e seguiram em passeata em direção à divisa com São Vicente.

Manifestantes fazem corrente humana no litoral para evitar vândalos (Foto: Ivair Vieira Jr/G1)Manifestantes em São Vicente, no litoral de SP
(Foto: Ivair Vieira Jr/G1)

Na segunda-feira (17), ainda em Santos, os manifestantes saíram da Avenida Conselheiro Nébias e chegaram até a balsa. A avenida da praia ficou fechada nos dois sentidos e a polícia estima que, pelo menos, mil pessoas participaram do movimento. Um grupo que saiu de Guarujá se uniu aos manifestantes de Santos na travessia, bloqueando o serviço.

Já na terça-feira (18), os manifestantes se reuniram na porta do sindicato dos Bancários para discutir sobre o movimento em Santos. Houve outros protestos em São Vicente e Cubatão na terça-feira, onde prédios públicos foram depredados, lojas saqueadas e ônibus queimados.

Na quarta-feira (19), os protestos se concentraram em Guarujá, onde cerca de 50 pessoas partiram da Praça Horácio Lafer e caminharam até a Praça dos Emancipadores, no bairro Pitangueiras. Em São Vicente, houve uma onda de violência, vandalismo e saqueamento de estabelecimentos comerciais que se alastrou pela Área Continental da cidade e alguns bairros da região central. Esses atos não têm ligação com as reivindicações originadas pelo movimento Passe Livre.

Quinta-feira (20), as manifestaçõe ocorreram novamente em Santos, Guarujá e Cubatão. Nas duas cidades, os protestos ocorreram de forma pacífica na maior parte do tempo. Em Cubatão, no final, houve vandalismo e confronto com a Força Tática da Polícia Militar.

Manifesantes de São Vicente, SP, exibem cartazes (Foto: Ivair Vieira Jr/G1)Manifesantes de São Vicente, SP, exibem cartazes (Foto: Ivair Vieira Jr/G1)