29/04/2013 12h58 - Atualizado em 29/04/2013 13h31

Não há contradição entre crescer e controlar inflação, diz Fazenda

Secretário-executivo participou de pregão inicial da BB Seguridade.
Barbosa trabalha com expectativa de que país cresça 3,5% no ano.

Fabíola GleniaDo G1, em São Paulo

Secretário-executivo da Fazenda, Nelson Barbosa, participou de pregão inicial da BB Seguridade (Foto: Fabíola Glenia/G1)Secretário-executivo da Fazenda, Nelson Barbosa, participou
de pregão inicial da BB Seguridade (Foto: Fabíola Glenia/G1)

O Ministério da Fazenda trabalha com a expectativa de que o Brasil cresça 3,5% em 2013, e também espera que a inflação feche o ano entre 5% e 5,5%, disse Nelson Barbosa, secretário-executivo da pasta durante cerimônia que marcou o início da negociação das ações da BB Seguridade na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa), nesta segunda-feira (29).

“Nesse ano, não há nenhuma contradição entre acelerar o crescimento para 3,5% e trazer a inflação para baixo”, disse Barbosa, que também é presidente do conselho de administração do Banco do Brasil.

Dentro de um mês nós vamos ter o resultado do primeiro trimestre. Tudo indica que vai ser 1%, de acordo com a expectativa média do mercado. Isso indica que 3%, como o mercado coloca, já é uma taxa relativamente garantida pela recuperação da economia, que está em curso. O meio por cento adicional depende do sucesso dessas operações de investimento que isso aqui (IPO da BB Seguridade) demonstra (..) que há possibilidade sim de ter uma elevação mais forte do investimento esse ano.”

As ações da BB Seguridade passaram a ser negociadas em bolsa nesta segunda. Logo no início do pregão, os papéis operavam em queda.

Questionado sobre com qual expectativa de Selic a Fazenda trabalha para este ano, Barbosa disse “que com a que o Banco Central achar que é necessária”. Sobre a alta recente da taxa básica de juros, o secretário-executivo limitou-se a dizer que é preciso combater os efeitos secundários dos choques de oferta.

“Mesmo que a elevação da inflação não esteja diretamente relacionada à demanda, às vezes você tem que subir os juros para combater os efeitos secundários, para que aquela elevação temporária não se torne permanente, não contamine as expectativas e leve à indexação. Acho que é nesse sentido que o Banco Central iniciou um ajuste da taxa de juros”, comentou.

Expectativa com leilões
Barbosa disse que o governo tem uma boa expectativa com relação à participação do setor privado nos leilões que devem ocorrer ainda no segundo semestre deste ano. “Nós temos uma estratégia de concessão em que o papel do governo é organizar o projeto em termos de licitação e características, estabelecer qual o valor mínimo inicial. Agora, a execução toda é por parte do setor privado, com apoio maior ou menor de financiamento de fontes públicas, dependendo do tipo de projeto, da sua necessidade”, respondeu aos jornalistas.

“Como já aconteceu no caso dos aeroportos, a gente espera que aconteça também fortemente no caso de rodovias e dos novos aeroportos que vão ser licitados.”

Shopping
    busca de produtoscompare preços de