15/04/2013 19h14 - Atualizado em 15/04/2013 19h14

Cientistas estudam uso de ondas cerebrais para identificar pessoas

Recurso poderia substituir senhas, digitais ou íris.
Pesquisa mostra taxa de acerto de 99%.

Altieres RohrEspecial para o G1

Um estudo desenvolvido por quatro pesquisadores da Universidade da Califórnia, Berkeley, examinou a possibilidade de identificar pessoas por meio das ondas cerebrais.

Para fazer isso, os cientistas examinaram a atividade cerebral de 15 pessoas enquanto elas realizavam atividades que poderiam ser repetidas. Depois, tentaram criar um método para identificar a mesma onda cerebral quando o indivíduo realizasse a mesma tarefa.

Os participantes do estudo foram solicitados a realizar sete atividades. Três delas em comum como mentalizar o movimento do dedo indicador direito, concentrar-se na própria respiração, e ouvir um tom de áudio.

As outras quatro atividades eram baseadas em escolhas pessoais, como imaginar a si mesmo realizando uma atividade esportiva repetitiva, uma música, contar objetos de uma determinada cor em imagens, ou se concentrar em um único pensamento por dez segundos.

Usando um recurso que permite determinar a atividade que gerou mais sinais únicos para cada indivíduo, a taxa de acerto no reconhecimento da pessoa foi de 99%.

Já analisando uma mesma tarefa para todos os participantes, a melhor taxa de acerto de 22%. Os cientistas alcançaram esse percentual no teste do sinal do áudio.

A técnica foi batizada pelos pesquisadores de "passthought", numa alusão à palavra password ("palavra-passe", em tradução literal, mas normalmente usada como "senha" em português). "Passthought" é o "pensamento-passe".

"Não estamos tentando rastrear uma onda cerebral de volta para uma pessoa específica. Isso seria muito difícil. O que fizemos é determinar se uma onda cerebral é idêntica a outra previamente registrada por um usuário quando criou o pensamento-passe", explicou o professor John Chuang, líder da equipe de pesquisa, ao site "Dark Reading".

As ondas cerebrais foram lidas com um aparelho de eletroencefalografia (EEG) que parece um fone de ouvido, opera sem fio com Bluetooth e custa cerca de US$ 200 (R$ 400, em conversão direta da moeda).

"O formato de fone de ouvido e o sensor não intrusivo significam uma diminuição das barreiras para o uso de autenticação baseada em EEG", dizem os pesquisadores no texto do artigo.

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