18/03/2013 19h49 - Atualizado em 18/03/2013 19h49

IPP quer inclusão produtiva das favelas da Zona Sul do Rio

Eduarda de La Roque anunciou planos para áreas pacificadas.
Congresso de empreendedorismo reúne representantes de 125 países.

Lilian QuainoDo G1, no Rio

Eduaeda La Roque e Júlio Bueno (Foto: Lilian Quaino/G1)Eduarda La Roque e Júlio Bueno no Congresso Global de Empreendedorismo  (Foto: Lilian Quaino/G1)

As favelas da Zona Sul têm muita capacidade de crescimento, e o Instituto Pereira Passos tem planejamento de inclusão produtiva para elas, disse na tarde desta segunda-feira (18) a presidente do instituto, Eduarda de La Roque, no primeiro dia do Congresso Global de Empreendedorismo, que acontece no Rio até quinta-feira (21).

Segundo Eduarda, as comunidades pacificadas têm regulamentação própria, pois são áreas de interesse especial.

“Vamos construir uma rede empreendedora. Trabalhamos três grandes eixos: cultura e moda, esporte para desenvolvimento, e empreendedorismo e capacitação”, disse Eduarda.

Ela repetiu o que o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, tem falado desde o início da implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).

“Beltrame sempre diz que não basta só segurança, tem que levar serviços públicos, lixo, saneamento, uma qualidade de vida compatível a cidade formal, e o desafio é inclusão produtiva em parceria com a sociedade civil e a esfera municipal e a estadual”, disse.

Para Eduarda, as UPPs são grandes integradores de políticas públicas com o setor privado e com o empreendedorismo.

Segundo disse, é preciso ter cuidado para “não nos tornarmos reféns de nosso próprio sucesso”.

Ela considera importante um planejamento integrado urbano, econômico e social para aproveitar as oportunidades do momento olímpico de modo a que esse momento deixe um legado.
“Por exemplo, para não haver favelizacão depois que as obras acabarem”, disse.

Para o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Serviços, Júlio Bueno, “a
cidade continua partida, pois o estado tem que chegar nas comunidades, mas não com as políticas populistas que tivemos até então”.

Transparência para desenvolver parcerias público-privadas com o terceiro setor e com as universidades é uma das principais ferramentas para incrementar startups e micro e pequenas empresas, segundo Eduarda La Roque.

Para ela, o alinhamento das três esferas do poder, municipal, estadual e federal, é o cenário ideal para desenvolver o empreendedorismo no Rio.

“Hoje vemos o investimento público estimulando investimentos privados, na revitalização da Zona Portuária do Rio temos uma PPP de R$ 8 bilhões”, disse Eduarda, que chefia um instituto que fornece informações sobre a cidade para subsidiar políticas públicas para o bem-estar da população.

Economia do século 21
Segundo Júlio Bueno, o Rio tem investimentos importantes em vários setores como petróleo, gás natural, siderurgia, indústria automotiva, que, para ele, são investimentos da economia do século 20.

“O desafio é saber se a gente consegue passar para a economia do século 21, em que o empreendedorismo vai ser marcante, em que o pequeno empreendedor pensa e faz coisas grandes”, disse, ressaltando que o Estado do Rio tem investimentos de R$ 100 bilhões para os próximos anos.

“Temos que ter políticas que possam fazer florescer tecnologias de informação e startups, mas o memento nos permite ser otimistas. Temos o ambiente a favor do business, e a cultura do empreendedorismo. No Rio e no Brasil, cada vez mais as pessoas querem ser empresárias”, disse ele.

Segundo Bueno, as três maiores dificuldades da economia brasileira são inovação, educação e infraestrutura, que são ineficientes.

“Mas o Rio tem universidades de vanguarda e infraestrutura que permite o desenvolvimento de negócios com conectividade. Tem que ter políticas públicas e tributárias que favoreçam o empreendedorismo”, disse o secretário.

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