O Ministério de Minas e Energia confirmou nesta terça-feira (19) que pediu à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que dê início ao processo de retomada da concessão da usina hidrelétrica de Três Irmãos, controlada atualmente pela Companhia Energética de São Paulo (Cesp).
A medida é consequência da recusa da Cesp, no final de 2012, em aceitar as condições do governo para renovar a concessão da usina, que venceu em 2011. O governo deve agora levar Três Irmãos novamente a leilão. O mesmo está previsto para ocorrer com hidrelétricas cujas concessões vencem até 2017 e que são administradas por Copel (Paraná) e Cemig (Minas Gerais), as outras duas empresas que abriram mão da renovação.
No final do ano passado, o governo lançou um plano para baratear a conta de luz entre 18% e 32%. A redução começou a valer em fevereiro para todos os consumidores. Para tanto, uma das ações foi renovar as concessões de hidrelétricas que vencem até 2017, com a condição de que as controladoras aceitassem remuneração até 70% menor que a recebida por elas até então.
Alegando que a perda de receita inviabilizaria a operação das usinas, Cesp, Copel e Cemig, controladas, respectivamente, pelos governos de São Paulo, Paraná e Minas Gerais, todos administrados pelo PSDB, partido que faz oposição ao governo Dilma Rousseff, preferiram não aderir ao plano do governo.