A plantação de babosa do sítio de Becky Vélstin, em Jarinu, a 70 quilômetros da capital de São Paulo, começou em 1986 de maneira bem familiar. O pai dela deu início ao cultivo da planta, que é de origem africana e gosta de clima quente e seco.
Algumas plantas têm 27 anos e continuam produzindo. O manejo é bem simples. A plantação dispensa irrigação, o maior cuidado é com o mato, que precisa ser retirado para não comprometer o rendimento.
Jorge Soares é o responsável pela plantação e diz que não há segredos. A colheita é simples, mas precisa ser feita com cuidado por causa dos espinhos. Luvas e botas são indispensáveis e o corte é realizado na base da folha. Ele seleciona as adultas, maiores e mais carnudas.
A produtividade sempre cresce nos períodos mais quentes do ano. A cada seis meses, um pé fornece até dois quilos de folhas.
O cultivo segue a linha da agricultura orgânica e tudo o que é colhido vai para as indústrias do setor de cosméticos, onde a planta é usada para fabricar xampus, condicionadores, cremes e vários outros produtos. A babosa é conhecida pelas propriedades hidratantes e no tratamento de queimaduras e doenças de pele.
Os agricultores da região de Jarinú vendem a folha da babosa, em média, por R$ 5.