21/03/2013 11h39 - Atualizado em 21/03/2013 11h56

Economia está em trajetória de gradual aceleração, avalia Mantega

Medidas de estímulo já anunciadas começam a surtir efeito, declarou.
Para Mantega, ainda são necessários mais estímulos para investimentos.

Alexandro MartelloDo G1, em Brasília

A economia brasileira está em trajetória de gradual aceleração, avaliou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta quinta-feira (21) durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal.

"As medidas de estímulo tomadas ao longo de 2011 e de 2012, como redução dos juros e de impostos, começam a surtir efeito (...) A economia brasileira começa 2013 em condições internas e externas mais favoráveis do que em 2012. A economia voltou a acelerar e essa trajetória vai ser mantida", declarou.

De acordo com o ministro, que prevê uma taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) entre 3% e 4% para este ano, contra 0,9% de expansão em 2012, a economia está "caminhando melhor" no primeiro trimestre deste ano do que nos três últimos meses do ano passado. 

"Estamos enfrentando essas dificuldades que ainda existem na economia mundial. A crise que ainda não foi debelada e exige uma série de providências no Brasil, como mais estímulos ao investimento. É essencial que [o investimento] puxe o crescimento econômico. Também é imperativo que haja aumento da produtividade e competitividade", afirmou Mantega. 

O ministro lembrou que o governo federal lançou recentemente um programa de investimento em infraestrutura da ordem de R$ 470 bilhões, que deverá "estimular a economia ao longo dos próximos anos". "Não é um efeito imedito. serão implantados ao longo de 2013, com desdobramentos na próxima década pelo menos", acrescentou.

Ele também recordou que foi liberada, no ano passado, uma linha de crédito de R$ 20 bilhões para os estados realizarem seus investimentos, além de ter sido concedido um "espaço fiscal" para eles ampliarem sua capacidade de endividamento em R$ 100 bilhões. "Nunca foi liberado um valor tão alto para os estados", disse Mantega.

O ministro também citou a alteração nas regras das Parcerias Público Privadas (PPP), ampliando de 1% para 5% o limite da receita corrente líquida dos estados para seus investimentos. "Os estados poderão celebrar mais contratos. Também reduzimos tributos que incidem sobre as PPP, como o Imposto de Renda, a CSLL, o PIS e a Cofins. O investimento público deve continuar crescendo", concluiu ele.

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