20/03/2013 17h52 - Atualizado em 20/03/2013 18h37

Bovespa fecha em queda nesta quarta, puxada pela Cemig

Estatal mineira teve pior queda em mais de seis meses, de quase 15%.
Ibovespa caiu 0,59%, a 56.030 pontos.

Da Reuters

O principal índice brasileiro de ações fechou a quarta-feira (20) no vermelho, pressionado pelo tombo da estatal mineira de energia Cemig, que teve sua pior queda diária em mais de seis meses diante de preocupações sobre a revisão tarifária da companhia.

O Ibovespa caiu 0,59%, a 56.030 pontos. O índice chegou a operar abaixo dos 56 mil pontos, mas recuperou terreno nos ajustes finais. O giro financeiro do pregão foi de R$ 8 bilhões.

No ano, a bolsa acumula queda de 8,08%. No mês, a desvalorização é de 2,43% e na semana, de 1,48%.

Elétricas
"A preocupação maior é com o cenário interno", disse o sócio-diretor da Título Corretora, Márcio Cardoso, citando que as incertezas relacionadas ao reajuste das tarifas elétricas tiraram o ânimo de investidores nesta sessão. "O governo age de uma maneira que deixa o investidor inseguro", avaliou.

A notícia de que a Aneel, órgão regulador do setor elétrico, reduziu o valor da base de remuneração da Cemig dentro do processo de revisão tarifária da distribuidora foi o estopim para a forte venda das ações nesta sessão.

O diretor financeiro da Cemig, Luiz Fernando Rolla, tentou acalmar investidores nesta tarde, dizendo em teleconferência que não vê surpresas na base de remuneração e que a revisão da Aneel não altera as previsões para a companhia.

Mas não adiantou. A preferencial da Cemig afundou 13,95%, a R$ 22,20 - foi a maior queda diária desde setembro do ano passado, quando o governo anunciou a renovação antecipada e condicionada de concessões elétricas.

Além do potencial impacto negativo nos resultados operacionais da Cemig, o Credit Suisse destacou em nota enviada a clientes que a notícia reacendia também "incertezas com potenciais novidades negativas para o setor."

Ainda dentre as principais baixas no setor, destaque para Light e a preferencial da Eletrobras, que caíram 6,2% e 4,33%, respectivamente.

Ações
Também dentre as principais baixas, destaque para a mineradora MMX, do grupo de Eike Batista, que afundou 9,81%, e para a companhia aérea Gol, que perdeu 5,92%.  A preferencial da Petrobras também fechou o dia no vermelho, com queda de 1,31%, a R$ 18,85.

O recuo do Ibovespa só não foi maior devido ao avanço das ações preferenciais da mineradora Vale, que subiram 2,04%, e das ordinárias da petrolífera OGX, que tiveram alta de 4,38%, a R$ 2,62.

"É só um respiro após o tombo recente", disse o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, sobre as ações da OGX. Os papéis acumulam queda de mais de 40% no ano. Na cena externa, o dia foi de ganhos após o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, ter mantido seu plano para estimular a economia e diante de esperanças de que as autoridades europeias conseguirão conter a crise financeira em Chipre.

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