Política

Mercadante rebate críticas e diz que ‘Mais Médicos’ não é serviço social obrigatório

Para ministro, os dois anos adicionais no SUS são um ‘processo de formação curricular’
O ministro da Educação, Aloísio Mercadante, entre a ministra Ideli Salvatti e o líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) Foto: Ailton de Freitas / O Globo
O ministro da Educação, Aloísio Mercadante, entre a ministra Ideli Salvatti e o líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) Foto: Ailton de Freitas / O Globo

BRASÍLIA - Depois de participar de reunião com líderes dos partidos na Câmara, o ministro da Educação, Aloízio Mercadante, disse que são “democráticas e válidas” as críticas recebidas de organismos como o Conselho Federal de Medicina a respeito do programa “Mais Médicos”. Mercadante ressaltou que o Brasil não está inventando nada e, sim, trazendo um modelo de sucesso iniciado na Inglaterra. Perguntado se os dois anos de atuação obrigatória no SUS seria um serviço social obrigatório, o ministro respondeu:

— Não. É um processo de formação curricular.

Para Mercadante, o Congresso terá que dizer se concorda ou não com a Medida Provisória que trata do assunto, publicada nesta terça-feira.

— É só para 2015. Temos tempo. Como disse o ex-ministro Jatene, os médicos têm que ser especialistas em ser humano e não em equipamentos. Não é o Brasil que está inventando — disse ele.

Sobre as críticas do Conselho Federal de Medicina e de outros setores, Mercadante afirmou:

— Esse é um debate legítimo, transparente e democrático. E será para os estudantes que entrarão em 2015. Eles (os médicos) receberão um registro provisório para trabalhar no SUS. Isso melhora o serviço de Saúde para o povo e humaniza o médico.