As empresas de asseio e conservação do estado do Rio esperam um crescimento de 13% para 2013. A previsão é revelada na pesquisa “A Força do Setor-Rio de Janeiro”, realizada pelo Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Rio de Janeiro (Seac-RJ). Com base em 2012, o estudo informa que o estado tem 1.500 empresas de asseio e conservação, empregando formalmente 210 mil trabalhadores e movimentando em torno de R$ 5,6 bilhões.
O estudo será lançado oficialmente na próxima segunda-feira (1º), na Câmara dos Deputados, informou o sindicato nesta quarta-feira (26). O segmento reúne profissionais de limpeza ambiental, urbana, jardinagem, limpeza de fachadas e caixas d’água, controle de acesso e manutenção predial.
“O momento de prosperidade econômica vivido pelo Rio de Janeiro está longe de beneficiar apenas a indústria petrolífera e o turismo”, disse o presidente do Seac-RJ, Ricardo Garcia, ressaltando o crescimento do setor.
Segundo a pesquisa, as empresas de asseio e conservação não só têm forte representatividade na economia do estado como são fundamentais para a limpeza e a organização do Rio de Janeiro às vésperas dos grandes eventos esportivos mundiais que a cidade sediará (Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016).
A pesquisa mostra que as melhores oportunidades para as prestadoras de serviços são em segmentos que apresentam baixo nível de terceirização como hospitais privados, instituições de ensino e condomínios residenciais.
O setor de petróleo e gás e os novos edifícios do projeto de revitalização da área portuária na cidade do Rio também contribuem para o desenvolvimento do mercado, diz o estudo.
Os negócios relativos às empresas de asseio e conservação estão concentrados na Região Metropolitana do Rio, mas outras cidades têm mostrado grande crescimento e atraído investimentos, em especial Resende e Porto Real (Sul fluminense), por conta da indústria automobilística e de autopeças; e Macaé e Campos (Norte do estado), para atender à demanda da indústria de petróleo, gás e pré-sal.
Governo é o maior contratante
O segmento público, que é altamente terceirizado, representa cerca de 70% do mercado de asseio e conservação. O setor tem no governo seu maior contratante, o que é desvantajoso para empresas locais, que ficam dependentes de um único segmento, tendo ainda que passar por leilões públicos em que o preço ofertado muitas vezes é mais relevante que qualidade, experiência e estrutura do prestador de serviço, afirma a pesquisa.
No setor privado, que representa os 30% restantes do mercado, indústria, condomínios comerciais, bancos, escritórios e shoppings são os que mais demandam os serviços de asseio e conservação.
“O objetivo deste estudo é demonstrar para a sociedade fluminense e seus representantes no poder público a força e o peso do setor de serviços na economia regional. Vale lembrar que o Rio de Janeiro tem tradição em serviços e, por isso, cerca de 60% do PIB fluminense vêm deste setor”, destaca o presidente do Seac-RJ, Ricardo Garcia.
Investimentos em treinamento
A pesquisa explica que o setor de asseio e conservação é grande contratador de mão de obra com baixo nível de escolaridade, que precisa de treinamento e supervisão constante. Somente no estado do Rio, as empresas investiram R$ 15 milhões em treinamento em 2012. De 2006 a 2011, os recursos para esta atividade no Brasil saltaram de R$ 50 milhões para R$ 110 milhões, um crescimento real de quase 65%.