28/06/2013 17h08 - Atualizado em 28/06/2013 17h38

Dólar fecha em alta, a R$ 2,23, mesmo após atuações do BC

Moeda fechou a sexta-feira em alta de 1,63%, a R$ 2,2317 na venda.
No mês, dólar subiu 4,17%; no acumulado no semestre, alta foi de 9,15%.

Do G1, em São Paulo

O dólar encerrou o último pregão do semestre em alta, mesmo após o Banco Central ter voltado a atuar no mercado de câmbio com a realização de dois leilões de swap tradicional - equivalente a uma venda de dólares no mercado futuro.

A moeda norte-americana fechou a sexta-feira (28) em alta de 1,63%, para R$ 2,2317 na venda. Na semana, entretanto, a moeda recuou 0,57%. Veja a cotação

No mês, o dólar subiu 4,17%. No acumulado no 1º semestre do ano, a alta foi de 9,15%. No 2º trimestre, o avanço ficou em 10,40%, o maior desde o segundo trimestre de 2012, quando a moeda subiu 10,65%.

O BC atuou duas vezes no mercado nesta sexta-feira para tentar conter o fortalecimento da divisa dos Estados Unidos, vendendototal de 80 mil contratos de swap cambial tradicional, mas a moeda norte-americana continuava influenciada pelo mau humor na cena externa.

Mais cedo nesta sessão, a disputa pela Ptax deu força à  valorização do dólar e, nem mesmo após a sua formação por volta das 13h, a pressão sobre o câmbio não deu trégua. A Ptax é uma taxa média calculada pelo BC e usada com referência naliquidação de diversos contratos de câmbio e derivativos.

A alta do dólar era influenciada também pelos renovados temores no exterior diante da possibilidade de redução nas compras de bônus do Federal Reserve, após um integrante do bancocentral norte-americano citar setembro como uma possível data para reavaliar o estímulo.

"À medida que se aproxima do momento em que o Fed começará a reduzir os estímulos, vamos ter uma nova rodada de desvalorização das moedas ante o dólar", afirmou à Reuters o estrategista-chefe do WestLB, Luciano Rosgtagno.

Nos últimos dias, integrantes do Fed saíram a público para tentar acalmar os mercados, afirmando que talvez o início das reduções dos estímulos não estaria tão perto.

Nesta sessão, porém, o pessimismo nos mercados globais havia voltado a crescer diante das declarações de Jeremy Stein, integrante do Fed, que citou setembro como uma possível data para reavaliar o estímulo do banco central.

Nesta sexta-feira, o BC piorou suas projeções sobre as contas públicas neste ano, deixando claro seu desconforto com os rumos incertos da política fiscal ao trabalhar agora com três cenários diferentes para este indicador.

 

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