Política

Procuradoria vai investigar carona a parentes de Henrique Alves em avião da FAB

Semana que vem, Ministério Público deve decidir se abre investigação sobre uso de aeronaves por Renan e Garibaldi Alves

BRASÍLIA — A Procuradoria da República no Distrito Federal decidiu nesta sexta-feira abrir um procedimento para investigar suposta irregularidade na viagem do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-AL), para ver a final da Copa das Confederações no Maracanã, em avião da Força Aérea Brasileira (FAB). O procurador Frederico de Carvalho Paiva quer saber se houve improbidade administrativa do presidente da Câmara.

Semana que vem, o Ministério Público deve decidir se abre investigação também sobre as viagens do ministro da Previdência, Garibaldi Alves , e do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Henrique Alves reconheceu ontem que foi um “equívoco” ter dado carona a sete pessoas em um avião da FAB para assistir ao jogo da seleção brasileira no Maracanã, no último domingo. Em nota, ele informou que vai pagar os custos da viagem. Segundo assessoria, o valor calculado em R$ 9,7 mil em passagens aéreas foi depositado na conta do Tesouro Nacional.

Renan Calheiros também usou avião da FAB em compromisso pessoal. Renan requisitou o voo da FAB para ir de Maceió a Porto Seguro no dia 15 de junho, um sábado, onde participou de um casamento. No dia seguinte, o voo da FAB levou o presidente do Senado de Porto Seguro a Brasília. Hoje, ele voltou atrás e afirmou que irá ressarcir R$ 32 mil aos cofres públicos.

Nesta sexta-feira, o jornal “Folha de S. Paulo” informou que, para assistir à final da Copa das Confederações, o ministro da Previdência, Garibaldi Alves, usou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) na viagem entre o Ceará - onde cumpria agenda oficial - e o Rio de Janeiro. Garibaldi também voltou atrás e anunciou nesta noite que irá devolver o valor aos cofres públicos.