01/07/2013 06h52 - Atualizado em 01/07/2013 07h25

No CE, agricultores que exportam melão faturam com o dólar em alta

Seca não atrapalhou o cultivo do melão em uma fazenda em Icapuí.
Investimento em tecnologias ajuda a enfrentar esse período difícil.

Do Globo Rural

No meio do semiárido cearense, a fartura de uma fruta doce e suculenta chama a atenção.

Uma fazenda em Icapuí, no Ceará, na divisa com o Rio Grande do Norte, tem 3,5 mil hectares plantados com melão, produção que rende mais de 100 mil toneladas por ano. Cerca de 70% é vendido para o exterior.

Cada país, prefere um tipo. O cantalupe, por exemplo, faz sucesso principalmente entre os alemães e os ingleses. Os americanos preferem o melão amarelo. Os asiáticos e os espanhóis são os principais consumidores do melão conhecido como pele de sapo.

Uma das grandes vantagens do melão em relação a outras frutas é a rapidez com que é produzido, 70 dias do plantio à colheita.

Cultivar áreas tão grandes em meio a dois anos de pouca chuva tem a solução debaixo do solo. Alguns poços tiram água de até 900 metros de profundidade e têm capacidade para bombear 80 mil litros por hora.

A fórmula para os bons resultados inclui também o uso da tecnologia. O plantio de mudas, em vez de sementes, diminuiu a perda na lavoura de 30 para 5%. Por dia, até 1 milhão de mudas são produzidas na fazenda.

O processo final antes dos melões seguirem para o exterior também é feito na própria fazenda. Mais de 30 países compram o melão produzido no estado e os exportadores acreditam que o mercado poderia ser ampliado se houvesse mais investimento em infraestrutura.

A caixa de 20 quilos de melão é vendida para o exterior por US$7. Como o dólar está bastante valorizado, o faturamento da fazenda cresceu 20% este ano.

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