01/07/2013 07h03 - Atualizado em 01/07/2013 07h07

Agricultores se unem em cooperativa e administram fábrica de chocolate no PA

Ideia é fazer o beneficiamento do cacau e alcançar preços melhores.
Produtores da região da Transamazônica estão no auge da colheita.

Do Globo Rural

As lavouras de cacau de Medicilândia, município que produz 30 mil toneladas por ano, estão carregadas de frutos maduros. Os colhedores trabalham intensamente para aproveitar a safra.

Só os frutos bem maduros, na cor amarelo-ouro são colhidos. Depois da retirada da casca, a amêndoa é levada até os cochos, onde o cacau fermenta até ser levado para secagem em barcaças. O processo demora em média 21 dias.

Parte da produção já está reservada para abastecer a primeira fábrica de chocolate da região Norte, implantada há dois anos em Medicilândia.

Os produtores de cacau da Transamazônica têm o desafio de produzir amêndoas de melhor qualidade e agregar valor ao produto. Com a produção de cacau fino para a indústria, eles esperam alcançar melhores preços.

A fábrica é administrada pela Cooperativa Agroindustrial da Transamazônica, formada por 40 sócios, que já registrou uma marca própria do produto. O preço da amêndoa na indústria varia de R$ 6 a R$ 8 o quilo, enquanto que o cacau comum é vendido na região por, no máximo, R$ 4,80 o quilo. A fábrica mantém um padrão que exige amêndoas com mais qualidade.

O teste é a primeira fase da produção. As amêndoas vão para uma máquina de classificação e esterilização e depois são torradas. Em seguida é feita a primeira pesagem, a separação das cascas e a moagem. Trituradas, elas são misturadas a outros ingredientes como o açúcar e a manteiga de cacau.

Depois de bem misturada, a massa vai para o refinador, onde passa por resfriamento e ganha uma nova textura. Em seguida cai em uma concha, que mexe o chocolate por 48 horas.

A fábrica produz cerca de 80 quilos de chocolate por dia e quer dobrar esse número até o fim do ano para atender aos pedidos que não param de aumentar.

Os bombons, desenformados e embalados, são guardados em caixas de isopor que serão levadas para distribuição. São 15 tipos de bombons recheados com frutas regionais, além do tradicional chocolate em barra.

O produto está sendo comercializado em lojas da região. As mulheres dos sócios também vendem geleias, licores e embalagens artesanais feitas com a folha do cacaueiro.

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