Economia

Duratex e outras empresas fazem oferta por europeia Grohe

Alemã Grohe é avaliada em até € 4 bilhões (cerca de US$ 5 bilhões), incluindo dívida

FRANKFURT - A brasileira Duratex e outras três empresas fizeram ofertas iniciais pela maior fabricante de equipamentos para banheiros da Europa, a alemã Grohe, até o prazo final de sexta-feira, afirmaram duas fontes próximas do assunto à Reuters neste sábado.

Além da Duratex, empresa que integra a holding Itaúsa, fizeram ofertas preliminares a rival suíça Geberit, a americana Fortune Brands e a japonesa Lixil, segundo as fontes. A Grohe recebeu seis propostas no total, disse uma das fontes.

Nos estágios iniciais de um leilão, companhias geralmente fazem ofertas para terem a oportunidade de acessarem os livros do ativo que está sendo vendido e frequentemente saem da disputa quando são cobrados para fazer uma oferta vinculante.

A alemã Grohe é avaliada em até € 4 bilhões (US$ 5 bilhões), incluindo dívida. Os controladores da companhia, as empresas de investimento TPG Capital e o braço de private equity do Credit Suisse, estão promovendo um processo em duas partes que pode resultar em uma listagem de ações neste ano.

A tailandesa Siam Cement afirmou na semana passada que não estava mais interessada no processo. A Grohe, seus controladores e assessores financeiros - Credit Suisse e Goldman Sachs - bem como a Geberit e a Lixil não quiseram comentar o assunto.

Procurada na sexta-feira, a Duratex informou que "a companhia não tem conhecimento" e que "não havia informação sobre o assunto". Representantes da Fortune não estavam imediatamente disponíveis para comentar. Analistas afirmaram que a compra da Grohe pode marcar uma pesada operação para algumas das empresas interessadas: a Duratex tem valor de mercado de US$ 3,7 bilhões, a Fortune de US$ 6,8 bilhões e a Lixil US$ 7,5 bilhões.

No caso da Duratex, a empresa é a maior fabricante de painéis de madeira do hemisfério sul e dona da marcas de louças e metais sanitários como a Deca e Hydra. A empresa, que se uniu em 2009 com a Satipel, vem desde então promovendo aquisições, com a maior e mais recente envolvendo cerca de 40% da colombiana Tablemac, em 2012, em operações avaliadas em R$ 161 milhões.