29/08/2013 07h32 - Atualizado em 29/08/2013 07h36

Pecuaristas do PI ainda sofrem os efeitos da estiagem prolongada

Seca ainda causa muitos problemas no Piauí.
Quem cria gado está cada vez mais desanimado.

Do Globo Rural

Foram cinco meses de espera e só agora, em agosto, o criador Miguel Ricardo do Nascimento recebeu o milho vendido pela Conab: mil quilos.

É com esse alimento que ele vai reforçar a ração dos animais debilitados pela seca. Miguel tinha 115 cabeças, mas 40 não resistiram a estiagem prolongada.

Para piorar a situação, o criador tomou R$ 47 mil emprestado do banco e agora não tem como pagar. O dinheiro foi usado para perfurar poços e implantar um sistema de irrigação, que não deu certo por causa da aridez do solo.

A Agência de Defesa Agropecuária estima que na região centro-sul do Piauí 15 mil bovinos já tenham morrido por causa da seca. A situação é mais grave no município de Lagoa do Sítio, a 234 quilômetros de Teresina.

Uma das recomendações da Agência de Defesa Agropecuária do Piauí é que os criadores vendam o gado para os frigoríficos antes que eles fiquem magros demais e não tenham valor comercial.

Na tentativa de salvar o rebanho, muitos criadores fizeram roças e mais roças de capim, que até nasceu, mas por falta de chuva, secou muito cedo e não serve de alimento para os animais.

O pequeno rebanho de Francisco de Assis já está no fim. Dos 34 animais que tinha, ele vendeu 20 e seis morreram nas últimas semanas. “Para mim é como morrer um ente querido”, lamenta.

Criadores de cabra fazem longas caminhadas em busca de água para matar a sede dos animais. Diferente do gado, alimentar os caprinos é mais fácil.

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