O dólar comercial registrava leve queda em relação ao real na tarde desta terça-feira (2), em meio a um maior apetite por risco nas praças financeiras internacionais, após dados industrais na zona do euro um pouco melhores que as expectativas. Mais cedo, a moeda chegou a operar em alta, mas voltou a cair.
Perto das 15h25 (horário de Brasília), a moeda norte-americana tinha queda de 0,05%, cotada a R$ 2,0209 para a venda. Veja a cotação.
Na cena doméstica, o IBGE informou que a produção industrial brasileira caiu 2,5% em fevereiro frente a janeiro. Analistas consultados pela Reuters esperavam queda de 2,05% no período, segundo mediana das projeções.
Na segunda-feira, o dólar fechou com pouca variação, com o mercado mais lento devido ao feriado de Páscoa na Europa. A moeda dos EUA subiu 0,02% e fechou cotada a R$ 2,022 para a venda.
A expectativa de atuação do BC no mercado de câmbio segurava oscilações expressivas nesta segunda-feira, de acordo com analistas ouvidos pela Reuters, que vêem o dólar sendo negociado dentro de um intervalo estreito, cujo limite inferior seria R$ 1,95 e o superior, perto de R$ 2.
Em audiência no Senado, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, voltou a afirmar que a autoridade monetária está sempre pronta para intervir no mercado, para assegurar que ele funcione "em todas as suas dimensões."
A última intervenção do BC no mercado de câmbio ocorreu na semana passada, quando o dólar se aproximava de R$ 2,03, com saídas de divisas do país estimuladas pela aversão global a risco resultante da crise financeira do Chipre.
Dados do BC divulgados na semana passada mostraram que o fluxo cambial - entrada e saída de moeda estrangeira do país - registrou superávit de 264 milhões de dólares em março até o dia 22, mas que ainda está negativo em US$ 2,227 bilhões no ano.