O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse nesta terça-feira (2) que a inflação no Brasil tem mostrado “resistência” para cair, mas reafirmou a previsão de que haverá enfraquecimento das pressões inflacionárias a partir do segundo semestre de 2013.
“A inflação tem, na visão do Banco Central, mostrado essa resistência nos últimos meses, estamos acompanhando isso com cuidado”, disse Tombini durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), do Senado.
“O Banco Central acompanha a evolução do cenário econômico para avaliar a necessidade de adoção de outras medidas no combate à inflação no período à frente”, completou o presidente do BC.
Tombini apontou que um dos responsáveis pelo ritmo da inflação é o preço dos alimentos, que nos últimos 12 meses acumula alta de 5%. De acordo com ele, o BC já identificou recuo dessa inflação no atacado, entretanto ela ainda não foi repassada aos consumidores.
“Gostaríamos que já estivesse muito mais claro esse recuo da inflação agrícola no atacado”, disse Tombini. Segundo ele, esse repasse aos consumidores ainda não aconteceu devido, entre outros fatores, a uma compensação pelo aumento no preço do frete.
Apesar de apontar a resistência, Tombini avaliou que a inflação no Brasil está “sob controle” e que não traz riscos à economia do país nos próximos meses. Ele reafirmou, ainda, que não haverá por parte do Banco Central e do governo federal “qualquer tolerância” no combate ao aumento da inflação.
“Isso [combate à inflação] é parte integrante da condução da política monetária”, disse o presidente do Banco Central. “O mercado deve entender que o governo e o Banco Central estão imbuídos da missão de manter a inflação sob controle e trazê-la para o centro da meta.”
