O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), registrou queda em março, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (2).
O indicador atingiu 129,6 pontos, uma queda de 4,3% em relação a fevereiro e redução de 9% frente a março de 2012. Esse é o menor valor desde setembro de 2009, quando o ICF indicava 127,8 pontos. Mesmo com o declínio, o indicador ainda permanece dentro do campo de satisfação elevada que, segundo a metodologia da pesquisa, denota otimismo quando acima dos 100.
De acordo com a FecomercioSP, o resultado de março mostra que as famílias estão mais cautelosas na contração de novas dívidas, devido aos recentes aumentos de preços e possíveis impactos no emprego.
Dos sete itens que integram o cálculo do ICF, cinco registraram queda, com destaque para momento para Duráveis (queda de 10,4%, 135,4 pontos), "resultado que pode ser explicado pela volta gradual neste início de ano do IPI para automóveis, eletrodomésticos e móveis, tornando-os mais caros e desacelerando o ritmo de aquisição desses bens".
O Nível de Consumo Atual atingiu 92,2 pontos, queda de 5,3% ante ao mês anterior, registrando o menor valor desde agosto de 2009 - primeiro mês da série histórica. O item Perspectiva de Consumo também recuou 3,9% para 121,6 pontos.
Segundo a Fecomercio, o item Perspectiva Profissional recuou 7,9%, registrando 128,7 pontos. As famílias que ganham até dez salários puxaram a queda do item com variação negativa de 12%, contra o resultado positivo de 4,6% das famílias com renda maior. Apesar da baixa perspectiva, as famílias paulistanas permanecem satisfeitas com o Nível Atual do Emprego (133,9 pontos), com 2,4% acima da pontuação de fevereiro.