• Texto Mariana Mello | Repórter de imagem Viviane Gonçalves | Fotos Maíra Acayaba
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poucas e boas (Foto: Maíra Acayaba)

À esquerda: A estante Bis, da Ovo, é o destaque do canto de leitura na sala. Objetos da Poeira e da Sala Design. À direita: A poltrona e o pufe Mole, com assinatura de Sergio Rodrigues, da Dpot, têm estofado de linho. Atrás, tela de Edu Rezende. Mesa lateral Gravetos, da Atelier Fernando Jaeger. Luminária de chão, da La Lampe. Passadeira da Phenicia Concept (Foto: Maíra Acayaba)

Beliscar algo na frente da TV, se esparramar na poltrona. Um espaço para usar. Fácil de organizar, sem firulas ou objetos que atravanquem o caminho. Prático, alegre, possível. O que é conforto, se não isso? Habitado por um pai e duas filhas, que se mudaram do interior do Paraná para fazer faculdade em São Paulo, este apartamento de 230 m² foi montado do zero. “O único quebra-quebra, rápido e indolor, se deu na sala, que cresceu graças à eliminação de um dos dormitórios”, diz a arquiteta Tininha Loureiro.

Pensar os espaços em prol do convívio da família foi uma das prerrogativas do projeto, encomendado pela proprietária do apartamento, mãe das estudantes. “Tudo acontece na ampla sala que, por ser grande, recebeu o sofá profundo, poltronas, mesa de centro baixa e rack na área de estar”, explica Tininha. Com oito lugares, a mesa de jantar atende também à varanda sempre que necessário.

poucas e boas (Foto: Maíra Acayaba)

A ampla sala com ambientes integrados possui sofá, da Micasa, com almofadas Marcela Pepe, Sala Design e Conceito Firma Casa. Desta última loja são a cadeira de balanço da linha abraço, da designer Eulália Anselmo, e alguns dos Muranos - ou outros, da LS Section - sobre a mesa de centro. Mesa lateral redonda da série Híbridos, de José Marton (Foto: Maíra Acayaba)

Sem divisões ou barreiras, o canto de leitura se desdobra à esquerda, exibindo uma estante reta e um exemplar da confortabilíssima poltrona Mole, de Sergio Rodrigues. Estofada de linho cru, a peça está acompanhada do pufe para esticar as pernas.

poucas e boas (Foto: Maíra Acayaba)

Na sala de TV, o rock Fanny, do designer Alfio Lisi, à venda na Dpot, fica encostado na parede revestida com placas texturizadas, da Castelatto. Mesa de centro, da marcenaria Angelo Arte. Cortina da Casa Fortaleza. Projeto de iluminação e automação executado pela Cynthron (Foto: Maíra Acayaba)

Os ambientes da área social são unidos pelo piso com placas de porcelanato no tom concreto – mais práticas e com melhor acabamento do que o cimento queimado, segundo Tininha – e pelos trilhos com spots. Tal solução para a iluminação dispensou o rebaixamento do teto e a criação do forro de gesso – uma preocupação a menos na obra.

A boa insolação do imóvel e a planta generosa, com largos vãos de circulação, abriram o caminho para móveis de design, selecionados pela arquiteta e aprovados pelos moradores um a um. “Escolhemos apenas aquilo que realmente seria usado”, diz a proprietária. “São poucas peças, todas muito convidativas.”

Por atender à situação temporária – mais dia, menos dia as moradoras irão se formar e poderão voltar para o interior do Paraná –, o apartamento não possui móveis embutidos. A estante e a cristaleira são soltas e, além de ilustrar a flexibilidade da decoração, representam o uso de cores no projeto. Pontuados em acabamentos, marcenaria e objetos, os tons vibrantes alegram, tranquilizam e, por que não dizer, acolhem. “Conforto, para mim, é ter uma casa onde há tudo o que você precisa”, conclui a proprietária.

poucas e boas (Foto: Maíra Acayaba)

Mesa, da Desmobilia, com bandeja de prata, da Conceito Firma Casa, e quadro, da LS Selection. Pufes estampados, da Missoni Home. Detalhe da cristaleira de laca azul turquesa, feita sob encomenda pela marcenaria Angelo Arte (Foto: Maíra Acayaba)

poucas e boas (Foto: Maíra Acayaba)

A sala de jantar possui mesa 2.88 da Ovo, com cadeira Cesca, design de Marcel Breuer, compradas na COD. Composição de cerâmicas, da Kimi Nii (Foto: Maíra Acayaba)


O que é conforto para Tininha
“A base de todos os meus projetos sempre é a busca pelo bem-estar, no sentido mais amplo da palavra. Adequar as medidas, os materiais, a iluminação e a ventilação. Tudo isso tem como objetivo tornar um local acolhedor para cada uso. O conforto visual também é muito importante e, na minha opinião, muda de pessoa para pessoa. As escolhas de cores e objetos dependem da cultura e das experiências de cada um. Nos meus projetos, nunca tento impor o que considero bonito ou o que tenho como referência de aconchegante. Procuro captar a necessidade e o gosto de cada cliente e criar um espaço onde ele se sinta bem.”

poucas e boas (Foto: Maíra Acayaba)

No quarto de casal, a arquiteta revestiu o piso com réguas de cumaru. Atrás da cabeceira da cama, ela aplicou papel de parede, da Celina Dias. Porta-travesseiros, da Mundo do Enxoval. Colcha feita com tecido estampado da Regatta Tecidos. Almofadas, da Conceito Firma Casa, e da Missoni Home. Luminária, Marché Art de Vie (Foto: Maíra Acayaba)