Ambientes
Design e praticidade no lar
Móveis de design escolhidas a dedo, texturas em tons neutros e cores vibrantes nos lugares certos, deixam superacolhedor e prático o lar desta família
2 min de leituraBeliscar algo na frente da TV, se esparramar na poltrona. Um espaço para usar. Fácil de organizar, sem firulas ou objetos que atravanquem o caminho. Prático, alegre, possível. O que é conforto, se não isso? Habitado por um pai e duas filhas, que se mudaram do interior do Paraná para fazer faculdade em São Paulo, este apartamento de 230 m² foi montado do zero. “O único quebra-quebra, rápido e indolor, se deu na sala, que cresceu graças à eliminação de um dos dormitórios”, diz a arquiteta Tininha Loureiro.
Pensar os espaços em prol do convívio da família foi uma das prerrogativas do projeto, encomendado pela proprietária do apartamento, mãe das estudantes. “Tudo acontece na ampla sala que, por ser grande, recebeu o sofá profundo, poltronas, mesa de centro baixa e rack na área de estar”, explica Tininha. Com oito lugares, a mesa de jantar atende também à varanda sempre que necessário.
Sem divisões ou barreiras, o canto de leitura se desdobra à esquerda, exibindo uma estante reta e um exemplar da confortabilíssima poltrona Mole, de Sergio Rodrigues. Estofada de linho cru, a peça está acompanhada do pufe para esticar as pernas.
Os ambientes da área social são unidos pelo piso com placas de porcelanato no tom concreto – mais práticas e com melhor acabamento do que o cimento queimado, segundo Tininha – e pelos trilhos com spots. Tal solução para a iluminação dispensou o rebaixamento do teto e a criação do forro de gesso – uma preocupação a menos na obra.
A boa insolação do imóvel e a planta generosa, com largos vãos de circulação, abriram o caminho para móveis de design, selecionados pela arquiteta e aprovados pelos moradores um a um. “Escolhemos apenas aquilo que realmente seria usado”, diz a proprietária. “São poucas peças, todas muito convidativas.”
Por atender à situação temporária – mais dia, menos dia as moradoras irão se formar e poderão voltar para o interior do Paraná –, o apartamento não possui móveis embutidos. A estante e a cristaleira são soltas e, além de ilustrar a flexibilidade da decoração, representam o uso de cores no projeto. Pontuados em acabamentos, marcenaria e objetos, os tons vibrantes alegram, tranquilizam e, por que não dizer, acolhem. “Conforto, para mim, é ter uma casa onde há tudo o que você precisa”, conclui a proprietária.
O que é conforto para Tininha
“A base de todos os meus projetos sempre é a busca pelo bem-estar, no sentido mais amplo da palavra. Adequar as medidas, os materiais, a iluminação e a ventilação. Tudo isso tem como objetivo tornar um local acolhedor para cada uso. O conforto visual também é muito importante e, na minha opinião, muda de pessoa para pessoa. As escolhas de cores e objetos dependem da cultura e das experiências de cada um. Nos meus projetos, nunca tento impor o que considero bonito ou o que tenho como referência de aconchegante. Procuro captar a necessidade e o gosto de cada cliente e criar um espaço onde ele se sinta bem.”