24/07/2013 14h43 - Atualizado em 24/07/2013 15h09

Dívida pública sobe 2,6% em junho, para R$ 1,98 trilhão, diz Tesouro

Emissão de R$ 23 bilhões para BNDES e Caixa impulsionou dívida no mês.
Além disso, despesas com juros totalizaram R$ 15 bilhões no período.

Alexandro MartelloDo G1, em Brasília

A dívida pública federal, que inclui os endividamentos interno e externo, registrou crescimento de 2,6% em junho, ou R$ 50 bilhões, para R$ 1,98 trilhão, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (24) pela Secretaria do Tesouro Nacional.

No mês passado, as emissões da dívida pública interna somaram R$ 61,44 bilhões, sendo R$ 15 bilhões para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e R$ 8 bilhões para a Caixa Econômica Federal, ao mesmo tempo que os resgates totalizaram R$ 22,43 bilhões. Já as despesas com juros somaram R$ 15 bilhões em junho. A dívida interna subiu de R$ 1,84 trilhão em maio para R$ 1,89 trilhão em junho.

Ao mesmo tempo, a dívida externa impediu um crescimento maior da dívida pública no mês passado, visto que foi registrado um resgate líquido de R$ 3,67 bilhões. A dívida externa passou de R$ 94,5 bilhões em maio para R$ 90,9 bilhões no mês passado.

Programação para 2013
Segundo a Secretaria do Tesouro Nacional, após atingir a marca inédita de R$ 2 trilhões no fim do ano passado, a dívida pública vai continuar crescendo neste ano, e pode chegar a R$ 2,24 trilhões – R$ 232 bilhões mais em relação a 2012. Os dados constam no Plano Anual de Financiamento (PAF) do Tesouro Nacional.

O documento prevê um patamar entre R$ 2,1 trilhões, o que representaria um crescimento de R$ 92 bilhões, e R$ 2,24 trilhões, para a dívida pública brasileira no fim deste ano. Deste modo, a estimativa de expansão da dívida pública, em 2013, varia de 4,58% a 11,55%.

Perfil da dívida
Os números do governo federal, calculados após a contabilização dos contratos de "swap cambial", mostram que o estoque de títulos prefixados (papéis que têm a correção determinada no momento do leilão) somou R$ 780 bilhões em junho, ou 41,2% do total, contra R$ 744 bilhões, ou 40,4% do total, em maio deste ano.

Os títulos atrelados aos juros básicos da economia (os pós-fixados), por sua vez, tiveram sua participação diminuída em junho. No fim do mês passado, estes títulos públicos representavam 20,3% do estoque total da dívida interna, ou R$ 385 bilhões, contra 22,5% do total (R$ 415 bilhões) em maio de 2013.

A parcela da dívida atrelada aos índices de preços (inflação) somou 35,7% em junho deste ano, ou R$ 676 bilhões, contra 36,4% do total em maio deste ano – o equivalente a R$ 669 bilhões.

Os ativos indexados à variação da taxa de câmbio, por sua vez, somaram 2,76% do total em junho (R$ 52,3 bilhões), contra R$ 11,38 bilhões, ou 0,62% do total, em maio deste ano. O forte aumento da dívida atrelada ao dólar se deve à emissão de contratos de swap cambial, no valor de R$ 39 bilhões, pelo BC em junho.

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