08/07/2013 07h52 - Atualizado em 08/07/2013 07h52

Variedade de tangerina gigante diversifica a lavoura no RS

Produção de frutas cítricas deve passar de 150 mil toneladas no RS.
Para aumentar a renda, os agricultores investem em diversas variedades.

Do Globo Rural

Os 80 hectares de laranjas e tangerinas, que no Rio Grande do Sul também são chamadas de bergamotas, enchem os olhos de quem passa pela estradinha de chão no interior de Aratiba, no norte gaúcho.

Mas a fruta que chama mesmo atenção na propriedade de João Griebler é a bergamota dekupon. A super fruta pode chegar até um quilo e não tem semente.

A variedade foi desenvolvida no Japão e chama atenção não só pelo tamanho, mas também pelo sabor. "Ela possui uma concentração de açúcar bem maior e um sabor muito equilibrado entre acidez e açúcar", explica Jair Antônio Griebler, técnico rural da Emater.

A plantação começou como uma aposta para diversificar a produção e hoje são cinco hectares. A planta adaptou-se bem às condições climáticas da região.

O peso das bergamotas impressiona. Em apenas um galho, o peso é de nove quilos para 18 frutas.

Para ter frutas bonitas e com boa coloração, é preciso um cuidado maior. Como são feitos 12 tratamentos, o produtor gasta 30% a mais com insumos nesta variedade.

A colheita vai de junho à julho e também exige mais trabalho. "Ela não é colocada em sacos. É cortada com a tesoura e colocada em caixas e não pode ser batida como as outras", conta Afonso Bach, funcionário da fazenda.

Depois da colheita, as bergamotas são lavadas e escovadas. As frutas são classificadas em quatro tamanhos e a produção é vendida para supermercados de Erechim e da região metropolitana de Porto Alegre. Para resistir a viagem, elas são embaladas com uma rede de proteção.

O quilo da tangerina dekopon pode chegar a R$ 3. Pelas outras variedades, o agricultor recebe em torno de R$ 0,70.

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