26/07/2013 08h52 - Atualizado em 26/07/2013 08h52

Vivendi planeja vender maior parte da Activision Blizzard por US$ 8,2 bilhões

Produtora de games faz jogos como 'Call of Duty' e 'World of Warcraft'.
Vivendi quer tirar US$ 4,3 bilhões do balanço da empresa.

Da Reuters

Imagem da equipe de soldados, integrada pelo cão Riley, personagem crucial do novo game "Call of Duty: Ghosts". (Foto: Reprodução)'Call of Duty: Ghosts' é o novo título da série feito
pela Activision (Foto: Reprodução)

A francesa Vivendi afirmou nesta sexta-feira (26) que planeja vender 85% da sua participação na ActivisionBlizzard para a administração da própria fabricante de jogos de videogame por US$ 8,2 bilhões, seu segundo negócio de peso na semana.

A Vivendi irá vender as ações na Activision Blizzard por US$ 13,60 cada, o que equivale a um desconto de 10% sobre o preço de fechamento da Activision na quinta-feira (25). Após o acordo, a Vivendi manterá uma participação de 83 milhões de ações, representativas de 12% da empresa, que é mais conhecida pela franquia "Call of Duty" e pelo "World of Warcraft", jogado na internet com diversos jogadores ao mesmo tempo.

A investida se dá após semanas de especulações sobre as maneiras buscadas pelo conglomerado francês de mídia e telecomunicações para retirar uma parcela dos US$ 4,3 bilhões em dinheiro disponíveis no balanço da maior fabricante de jogos de videogame do mundo, como parte de uma reestruturação mais abrangente destinada a cortar dívidas e reorientar o negócio.

Ainda assim, o movimento é surpreendente em alguns aspectos, dado que a Vivendi tem falado de seus ativos de mídia como o futuro da empresa, depois de ter falhado na venda de uma participação de 61% na Activision no início da sua revisão estratégica em 2012, sendo que a Activision é seu maior e mais rentável negócio de mídia.

Um porta-voz do grupo disse que a Vivendi ainda vê seu futuro com mídia em uma divisão de conteúdo centrada no negócio da Universal Music Group, no canal por assinatura Canal Plus, bem como em outras atividades de entretenimento em que a companhia seria a única dona.

"A Vivendi será capaz de se desalavancar graças aos lucros imediatos e também irá se beneficiar de uma maior criação de valor, uma vez que continuará sendo acionista com 12 por cento", disse o diretor financeiro Philippe Capron, em um comunicado.

Em outra ponta do processo de reestruturação, a Vivendi anunciou no início desta semana negociações exclusivas para vender o controle da Maroc Telecom por 4,2 bilhões de euros (US$ 5,56 bilhões).

Em março, a Vivendi suspendeu a venda da operadora brasileira GVT após não conseguir atrair os 7 bilhões de euros que pretendia com a operação.

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