Economia

Brasil recebeu US$ 3,1 bi do Banco Mundial nos últimos 12 meses

Repasses fazem parte de esforço para auxiliar a América Latina, em meio à turbulência global

RIO - Entre julho de 2012 e junho deste ano, o Brasil recebeu US$ 3,1 bilhões em empréstimos do Banco Mundial, informou a instituição nesta quinta-feira. Ao todo, a entidade afirmou ter disponibilizado US$ 5,2 bilhões à região da América Latina e Caribe. O Brasil foi o país que mais recebeu recursos. Colômbia (US$ 600 milhões) e Uruguai (US$ 408 milhões) foram os outros maiores parceiros.

Os repasses fazem parte de um programa de apoio à região e incluem recursos do Grupo Banco Mundial, que engloba mais duas instituições, além do Banco Mundial: a Corporação Financeira Internacional (IFC) e a Agência Multilateral de Garantia para Investimentos (Miga). Ao todo, foram disponibilizados R$ 11,8 bilhões no último ano fiscal da instituição.

A IFC, voltada para o setor privado, investiu US$ 1 bilhão na região. Segundo a instituição, as regiões Norte e Nordeste do Brasil, receberam créditos de US$ 409 milhões.

“Os investimentos que ajudam na atenuação ou adaptação às mudanças climáticas alcançaram US$ 522 milhões, com ênfase em energia renovável e eficiência energética”, diz o comunicado.

Expectativa de crescimento da região mantida em 3,5%

De acordo com o balanço do GBM, a América Latina e o Caribe receberam a maior parcela dos novos financiamentos globais do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), um dos braços do Banco Mundial, com 32% do total repassado no último ano, em todo o mundo.

A instituição demonstrou ainda otimismo em relação ao crescimento da região. No comunicado, o GBM afirmou que espera que a América Latina cresça 3,5% neste ano, conforme publicado em documento de janeiro deste ano. A projeção contraria a expectativa da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), que reduziu a previsão nesta quarta-feira, de 3,5% para 3%.

“No ano corrente a probabilidade de impactos negativos na economia global é muito menor, comparada ao ano passado, refletindo progressos na Zona do Euro no sentido da redução dos riscos de solvência fiscal e bancária, assim como a atenuação das ameaças relacionadas à situação fiscal nos Estados Unidos. No entanto, a América Latina e o Caribe ainda enfrentam o desafio de estabelecer o equilíbrio ideal entre as políticas macroeconômicas para estimular a demanda doméstica no curto prazo e as reformas estruturais que visam promover um crescimento mais rápido no longo prazo”, analisa o GBM, em comunicado.