18/07/2013 19h54 - Atualizado em 19/07/2013 17h09

Conar suspende propaganda de motel no Rio com imagem de panda

Campanha em ônibus foi acusada de atrair a atenção do público infantil.
Neste mês, motel lançou peça com os dizeres 'proibido' tampando panda.

Darlan AlvarengaDo G1, em São Paulo

Panda Neste mês, motel lançou peça com os dizeres 'proibido' tampando panda. (Foto: Divulgação)Após reclamações, motel lançou nova peça com os dizeres
'proibido' tampando aimagem do panda. (Foto: Divulgação)

Uma propaganda do Motel Panda, do Rio de Janeiro, virou alvo de polêmica e foi parar no Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária). A campanha, exposta nas traseiras dos ônibus da cidade, foi acusada de forte apelo sensual e atrair a atenção do público infantil. Em julgamento realizado na quarta-feira (17), o órgão decidiu, por unanimidade, pela sustação da propaganda.

O anúncio do motel mostra uma mulher de pé em cima da cama, vestindo apenas roupas íntimas e fotografada de costas, e um homem deitado com uma cabeça de panda deitado na cama com os braços abertos.

Segundo a assessoria de imprensa do Conar, os conselheiros do Conar entenderam que a peça nao atende os preceitos de "respeitabilidade" do código de ética da categoria ao associar um elemento do universo infantil à sensualidade, com o agravante da propaganda ter sido veiculada em mídia externa.

O Motel Panda informou que recebeu uma citação do Conar sobre queixas de consumidores, no início de maio. "O estabelecimento imediatamente retirou de circulação a campanha em questão, antecipando-se à decisão do próprio conselho, ocorrida na última quarta-feira, dia 17", informou o motel, em comunicado.

No início de julho, uma nova campanha da marca voltou a ser estampada em cerca de 50  ônibus do Rio, com uma tarja com os dizeres "Proibido para pessoas cardíacas" cobrindo a imagem do panda e parte do bumbum da modelo.

A agência responsável pela campanha afirma que a nova peça foi uma forma de se antecipar ao julgamento do Conar como também uma forma de dar uma continuidade bem-humorada à campanha.

"O apelo sensual é indiscutível, era o objetivo de fato. Mas, a partir do momento que usamos um modelo com o seu corpo e usando apenas uma cabeça de panda, jamais imaginávamos que alguém veria nisso um aspecto lúdico a ponto de atrair crianças. Para mim, panda não é exclusividade do mundo infantil. Panda é panda, e é o mascote do motel", explica o diretor de criação e sócio da agência, Fábio Barreto.

O diretor acredita que a atual campanha não deverá ser alvo de novos questionamentos no Conar. "Se o problema era a associação do teor erótico com algum elemento que se julga infantil, agora a cara do panda está tampada. Mas agora tem gente reclamando também que sumimos com o bumbum da modelo", ironiza.

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