19/12/2014 09h23 - Atualizado em 19/12/2014 09h33

Clooney defende a Sony e pede que 'A entrevista' seja lançado online

'Ninguém vai me dizer que não podemos ver esse filme', declarou o ator.
Em entrevista, ele diz que estúdio cancelou por culpa dos exibidores.

Do G1, em São Paulo

 George Clooney acena ao chegar ao hotel onde foi celebrado seu casamento com Amal Alamuddin, em Veneza (Foto: AFP Photo/Andreas Solaro) George Clooney (Foto: AFP Photo/Andreas Solaro)

Três semanas após um grupo de hackers vazar informações confidenciais da Sony Pictures, o ator George Clooney deu uma entrevista exclusiva ao site Deadline em que defende o estúdio.

Nela, ele atacou a imprensa por "abdicar de seu dever" e falou sobre executivos de Hollywood que "correram para as montanhas" quando ele enviou uma petição solicitando que a indústria "ficasse junta" para não ceder às ameaças dos hackers.

"Devemos assumir nesse momento a posição ofensiva sobre esse ataque. Divulguem o filme online. Façam o que puderem para divulgar este filme. Não porque todo mundo tem que ver o filme, mas porque ninguém vai me dizer que não podemos ver esse filme", declarou o astro.

No que diz respeito à decisão da Sony de cancelar o lançamento, Clooney afirma que o estúdio foi forçado a isso pelos proprietários dos cinemas. "A Sony não cancelou o filme porque estava com medo. Eles cancelaram o filme porque todos os cinemas disseram que não iam exibi-lo. E eles disseram que não iam exibi-lo porque conversavam com seus advogados, e esses advogados disseram que, se alguém morresse em uma das sessões, então eles seriam os responsáveis", conta o ator.

Na quarta-feira (17), a Sony Pictures cancelou o lançamento do filme "A entrevista", paródia sobre o regime totalitário da Coreia do Norte, que entraria em cartaz dia 25 de dezembro nos Estados Unidos e, no dia 29 de janeiro, no Brasil.

A decisão foi tomada após redes de cinema norte-americanos se recusarem a exibir a comédia por medo de ameaças feitas por um grupo de hackers, chamado The Guardians of Peace. De acordo com serviços de inteligência americanos o GOP está ligado a Pyongyang (capital norte-coreana) e é culpado por invadir os computadores da Sony e acessar informações confidenciais, incluindo conversas de diretores da empresa com atores.

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