06/06/2013 11h31 - Atualizado em 06/06/2013 11h39

Custos da indústria sobem 5,8% no 1º trimestre, aponta CNI

Aumento, contudo, foi menor na comparação com trimestres anteriores.
Perda do ritmo da alta foi causada por reduções feitas pelo governo, diz.

Do G1, em São Paulo

O crescimento dos custos da indústria foi de 5,8% no primeiro trimestre deste ano sobre o mesmo período do ano passado, uma desaceleração frente os trimestres anteriores, aponta nesta quinta-feira (6) a Confederação Nacional da Indústria (CNI), por meio da pesquisa Indicador de Custos Industriais.

Esse foi o 2º trimestre seguido em que  custos do setor cresceram menos que os preços dos produtos industrializados

O indicador chegou a 8,2% no terceiro trimestre do ano passado na comparação com o terceiro trimestre de 2011. No quarto trimestre de 2012, a alta foi de 6,5% ante ao igual período em 2011

De acordo com o estudo, esse foi o segundo trimestre seguido em que os custos do setor cresceram menos que os preços dos produtos industrializados, que tiveram alta de 7,6% no primeiro trimestre de 2013 na comparação com igual período do ano passado. Esse movimento colabora para a competitividade industrial.

"A perda no ritmo de aumento das despesas da indústria foi causada, sobretudo, pelas reduções promovidas pelo governo. O custo com energia, por exemplo, baixou 1,8% no primeiro trimestre do ano frente ao mesmo período de 2012, e com capital de giro recuou 22,5% na mesma comparação", avalia a CNI, em nota divulgada nesta manhã.

O aumento de preços dos insumos e matérias-primas usados na produção industrial, de 9,9%, foi o que mais contribuiu para a elevação dos custos do setor no primeiro trimestre do ano. No caso de insumos e matérias-primas importados, a elevação dos custos foi ainda maior, de 12,3%, diz a CNI.

A pesquisa aponta, ainda, que o valor dos impostos na indústria cresceu 1%, puxado pelo Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). "A desoneração da folha de pagamentos e a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis e eletrodomésticos contribuíram para essa perda de ritmo de crescimento dos custos tributários observada desde o último trimestre de 2012", diz.

Outra variável que perdeu ritmo de crescimento foi o da mão de obra, diz a pesquisa. Após seis trimestres consecutivos com elevações acima de dois dígitos, o gasto com pessoal subiu 7,7% no primeiro trimestre.

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