06/06/2013 17h53 - Atualizado em 06/06/2013 19h06

Bovespa fecha com leve alta, após dia de instabilidade

Mudança no IOF reduziu atratividade das ações domésticas.
Ibovespa fechou em alta de 0,16%, a 52.884 pontos.

Da Reuters

Preocupações com as perspectivas para a economia global e um cenário doméstico mais favorável para investimentos em renda fixa geraram instabilidade na Bovespa nesta quinta-feira (6).

O Ibovespa fechou em alta de 0,16%, a 52.884 pontos. Veja cotação

O giro financeiro do pregão foi de R$ 8,5 bilhões.

Na semana, a bolsa acumula perdas de 1,16% e no ano, de 13,24%.

Após abertura positiva, o índice inverteu o sinal poucos minutos depois e chegou a recuar 0,99%, renovando a mínima intradiária do ano, a 52.277 pontos. No entanto, acabou invertendo a tendência à tarde e voltou a subir, ainda que levemente.

A sessão foi marcada por instabilidade em Nova York e na bolsa local. O Ibovespa chegou a cair 1,05% e renovou a mínima intradia do ano, a 52.244 pontos --testando importante resistência técnica nos 52.200 pontos.

Cena externa
Investidores avaliavam declarações do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, que alertou sobre o excesso de otimismo em relação às condições atuais do mercado.

Além disso, investidores mostraram cautela um dia antes da divulgação de dados sobre o mercado de trabalho nos EUA em maio, considerados importantes sinalizadores do futuro dos estímulos monetários na maior economia do mundo.

"O mercado parou à espera do payroll amanhã", disse o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi. "Não dá para saber qual será a reação dos investidores ao dado. Dependerá da leitura que será feita sobre a possibilidade ou não de uma redução dos estímulos do Fed (banco central dos EUA)."

Brasil
A preocupação com as perspectivas para a economia brasileira também seguiram no radar de investidores, segundo Galdi, com o mercado na expectativa pela divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na manhã de sexta-feira.

O dado deve mostrar que a inflação se manteve no teto da meta do governo em maio, em 6,51 por cento nos 12 meses até maio, de acordo com uma pesquisa da Reuters.

Investidores avaliavam também a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), quando a Selic foi elevada em 0,5 ponto percentual, para 8%. Segundo o documento divulgado mais cedo, com o BC voltou a afirmar que ficará "especialmente vigilante" no combate à alta de preços. O comentário foi visto por analistas como uma elevação de tom do discurso da autoridade monetária sobre o cenário de inflação.

Essa avaliação fez os juros futuros registrarem forte alta nesta sexta-feira. A curva embutiu a taxa básica Selic entre 9,25% e 9,50% no final do ano, segundo cálculos de analistas.

A combinação de juros em alta e alíquota zero de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para investimentos estrangeiros em renda fixa continuava a repercutir no mercado.

"Isso desloca o capital de risco para renda fixa, especialmente considerando que a nossa taxa de juros ainda é muito atrativa comparada ao exterior", disse analista Fábio Gonçalves, da Banrisul Corretora.

Numa sessão volátil, as blue chips Vale e Petrobras terminaram o dia no campo positivo. Já as ações da Cosan lideraram as perdas do índice, após a companhia divulgar resultado trimestral abaixo das expectativas.

veja também
Shopping
    busca de produtoscompare preços de