07/06/2013 21h14 - Atualizado em 08/06/2013 13h07

Audiência pública discute atração de investimento da GM para São José

Encontro entre políticos, sindicalistas e empresa ocorreu nesta sexta (7).
Acordo para atrair R$ 2,5 bi da GM depende de acordo com sindicato.

Do G1 Vale do Paraíba e Região

Plenário da Câmara Municipal ficou lotado durante a audiência pública que discutiu o acordo entre GM e sindicato para investimentos em São José. (Foto: Divulgação/Câmara Municipal de São José dos Campos)Plenário da Câmara Municipal ficou lotado durante a audiência pública que discutiu o acordo entre GM e sindicato para investimentos em São José. (Foto: Divulgação/Câmara de São José dos Campos)

Vereadores e representantes da Prefeitura de São José dos Campos, além do prefeito Carlinhos Almeida (PT), se reuniram em audiência pública na noite desta sexta-feira (7), na Câmara, para discutir a vinda do aporte de 2,5 bilhões da General Motors para a cidade. O investimento depende de um acordo entre a montadora e o Sindicato dos Metalúrgicos, que têm uma reunião agendada para a próxima segunda-feira (10).

A audiência teve início às 19h e contou ainda com a participação do presidente do sindicato, Antônio Ferreira de Barros 'Macapá' e Luiz Moan, presidente de relações institucionais da GM. Cerca de 20 pessoas, incluindo trabalhadores da GM, fizeram questionamentos e se manifestaram durante a audiência.

O impasse entre a entidade e a montadora têm como principal foco a estabilidade de pelo menos 750 trabalhadores e o valor da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), sugerido em R$ 8 mil  pela GM para as novas contratações, a partir de 2016. O valor foi recusado pelos sindicalistas.

No último encontro, na segunda-feira (3), as partes avançaram ao chegar a uma acordo quanto ao piso salarial, que seria fixado em R$ 1.700 para novos empregados. Inicialmente, o sindicato sugeriu piso de R$ 1.560.

Segundo Moan, o sindicato está no limite das negociações. "É a última chance de investimento na fábrica de São José dos Campos, não adianta se iludir com a possibilidade de uma negociação futura", afirmou durante a audiência.

Ele disse ainda que o acordo firmado em janeiro prevê o encerramento das atividades no MVA em dezembro e não descarta as demissões. Um Plano de Demissão Voluntária (PDV) será aberto.

A unidade empresa 6.600 trabalhadores atualmente. O investimento para uma nova linha de montagem de veículos pode gerar 2.500 empregos a partir de 2017. Além de São José, outras duas plantas da montadora no país e dois países disputam o aporte.A planta da cidade, segundo o acordo de janeiro, tem preferência para novos investimentos.

O presidente do sindicato condiciona o acordo à decisão dos trabalhadores. Eles devem votar o pacto em assembleias. Macapá questionou os políticos quanto as isenções oferecidas á GM em contraposição à possibilidade de demissão em massa.

Prefeitura
A criação de um distrito industrial e a isenção de impostos são as medidas apresentadas oficialmente no fim do último mês pela Prefeitura de São José dos Campos à direção da General Motors como incentivo para atrair o investimento da GM.

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