RIO - "Não estamos pleiteando a reindexação da economia, o que estamos reivindicando é a atualização dos gastos que serão incorridos pelo consórcio no desenvolvimento da área de Libra no pré-sal na Bacia de Santos, que não tem impacto sobre a inflação." A afirmação foi feita pelo presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), João Carlos França de Luca, ao falar sobre o pleito feito pela indústria petrolífera junto ao governo para que os investimentos e custos que serão feitos no desenvolvimento de Libra, que vai à leilão em outubro próximo, tenham atualização monetária na época do seu ressarcimento através da conta chamada Custo em Óleo.
Esse pleito, segundo De Luca tem como objetivo equilibrar economicamente o contrato. isto porque, segundo o executivo o Óleo lucro (a parcela da receita após deduzidos os gastos) que serão divididos entre o governo federal e o consórcio que explorar Libra, tem correção pelo Consommer Price Index (CPI) que reflete a inflação americana. O nível de conteúdo local que será exigido também será corrigido pelo IGP-M.
- É preciso equilibrar o contrato, de um lado o óleo lucro é atualizado, e do outro as despesas não são. é justo nosso pleito de atualizar os custos por algum índice. Cabe lembrar que poderá levar nove anos só com gastos e investimentos antes do início da produção — destacou De Luca. — Acho que houve uma interpretação errado do pleito das empresas petrolíferas, que jamais pediu a reindexação da economia. Queremos uma atualização dos custos incorridos, assim como as outras parcelas como o óleo lucro tem atualização.